São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Scooters dominam espaço no Salão das Duas Rodas

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje é o último dia para visitar o Salão das Duas Rodas, que acontece no Anhembi, em São Paulo.
A mostra tem novidades em todos os segmentos e aposta em todos os tipos de consumidores -desde o que está atrás de um scooter na faixa dos R$ 2.000 até o que tem disponível R$ 30 mil para gastar em uma moto.
A exposição acontece quando o segmento de motos supera as previsões de venda: de janeiro a outubro, foram vendidas 343.111 unidades no Brasil, 50,9% a mais que no mesmo período de 96.
A maioria das marcas expositoras apostou nos scooters e nas motos de baixa cilindrada. O motivo é óbvio: de cada 10 motos vendidas no Brasil, 9 estão nesse segmento. Só a Honda CG Titan, de 125 centímetros cúbicos (cc), representa 60% do mercado.
A principal novidade nessa faixa de mercado é da Yamaha, que apresenta a Crypton, de 101 cc e 8,5 cv de potência. A moto chega em fevereiro por R$ 2.650 e vai concorrer com a Honda C-100 Dream. A marca mostra ainda a Majesty, scooter cuja aceitação está sendo pesquisada na exposição.
Outra marca que vai brigar com a Dream é a coreana Hyosung, que em fevereiro começa a fabricar em Manaus a Midas, de R$ 2.800.
A Hyosung mostra também o scooter Grand Prix, apenas para pesquisar o interesse do consumidor. O Grand Prix é maior que o normal, traz motor de 125 cc e grande espaço para bagagem.
Em outubro, a marca começa a produzir, também em Manaus, a estradeira GA 300, de 300 cc, que custará cerca de R$ 7.500.
A Sundown também arrisca suas fichas nos scooters. A marca, junto com a Peugeot, lança três modelos. A maior novidade é o Scoot'elec, movido a eletricidade.
Ligada, a moto praticamente não emite ruídos nem poluentes. Os senões são a baixa velocidade máxima (45 km/h) e a reduzida autonomia, que varia entre 45 km e 65 km. A Scoot'elec custa R$ 4.500.
A Emme, marca do Lotus que será fabricado no Brasil em 98, também se aventura entre os scooters com a Mirage, de 49 cc. Como diferenciais, oferece freios a disco maiores e carroceria em plástico.
A coreana Daelim tem quatro novidades: dois scooters (Message e Fellow) e uma estradeira (VS 125), como pesquisa de mercado, além da moto Altino.
A Altino chega em dezembro e vai custar US$ 2.600. A intensão é roubar mercado da líder CG 125.
A Brandy, que já vende cinco scooters, mostra outros três para sondar uma possível importação.
As atrações da Agrale são o Legion, de 124 cc, e mais cinco scooters. Uma delas, a Dakar, para fora-de-estrada, de R$ 3.350.
O grande chamariz no estande da Honda não é a CG 125, mas a Sport ES 21, uma moto-conceito. Além das linhas futuristas, usa bateria alimentada a hidrogênio.
(HS)

Texto Anterior: GM prepara seu minicarro no Brasil
Próximo Texto: Motos de alta cilindrada ainda são as mais visitadas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.