São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997 |
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Jornal britânico publica caderno sobre o Brasil Financial Times IRINEU MACHADO
A lentidão das reformas constitucionais foi o que deixou o Brasil vulnerável à ação dos especuladores do mercado financeiro, segundo o jornal. O diário diz que as discussões no Congresso sobre as reformas da Previdência e administrativa vão completar três anos, mesmo sendo a principal arma do governo para reduzir gastos. "A baixa inflação, sozinha, não vai permitir ao Brasil perceber seu enorme potencial. Suas altas ambições políticas e econômicas vão continuar sendo frustradas, a menos que haja progresso considerável em resolver grandes problemas sociais", diz o texto principal do suplemento. Citando altos níveis de exclusão social e burocracia no país, o jornalista Geoff Dyer classifica o Brasil como "uma caricatura que mistura os piores aspectos do capitalismo norte-americano com os defeitos do corporativismo italiano". O suplemento especial aborda ainda alguns avanços que o país teve recentemente. Diz que o programa de privatizações, além de estar transformando estradas, portos e ferrovias, se tornou a peça principal da geração de crescimento econômico. Um alto diretor da Volkswagen no Brasil, não identificado na reportagem, disse ao "Financial Times" que o mercado financeiro está arruinando seus negócios, em texto sobre a queda de 40% na venda de carros na segunda metade de novembro. Bancos brasileiros são os principais anunciantes do caderno especial. Entre outros, Banco do Brasil, BNDES, Pactual, Unibanco, Votorantim, Sul América, Bradesco e Bozano, Simonsen anunciam no suplemento. Texto Anterior: FHC promete a empresários Orçamento sob controle Próximo Texto: A Folha de ontem na opinião do leitor Índice |
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