São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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Massura é absolvido e deverá nadar no Mundial da Austrália

Antidoping acusou uso, pelo atleta, de substância restrita

DA REPORTAGEM LOCAL

O nadador Alexandre Massura, 22, cujo exame antidoping apontou presença de lidocaína, apresentou justificativa à CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e deve participar de prova individual do Mundial da Austrália, no mês que vem.
A CBDA divulgou que o uso de anestésico local, quando justificado, não constitui doping.
Carlos Antônio Ferreira Pereira, médico do Minas Tênis, clube de Massura, disse que a decisão da CBDA já era esperada.
"A lidocaína apareceu por causa do uso de uma pomada para hemorróidas, que continha a substância", afirmou o médico.
Massura fez o exame durante o Troféu Brasil, em outubro, mesma competição em que foram colhidas as amostras de Hugo Duppré, atleta suspenso por quatro anos.
Eduardo de Rose, médico da comissão de controle de doping da CBDA, explicou a diferença entre substância restrita e proibida (encontrada no teste de Duppré).
"A restrita, desde que justificada, como no caso de Massura, pode ser usada", afirmou o médico.
O diretor-técnico da CBDA, Ricardo Moura, afirmou que, a princípio, os atletas convocados para revezamentos devem nadar as provas individuais das quais estejam próximos do índice.
"O limite é de dois atletas por prova", afirmou.
Massura, que treina na Universidade de Minessota (EUA), é o reserva do revezamento 4x100 m livre e ficou a três centésimos da marca exigida nos 100 m costas.
A federação de natação da Rússia excluiu ontem, por uso de substância proibida, três atletas que iriam competir no Mundial.

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