São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997 |
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Corinthians apela para ir ao Brasileiro
LUÍS CURRO
O motivo é a não-participação do clube no Campeonato Brasileiro do ano que vem. Com a mudança no regulamento, anunciada em 7 de outubro pela CBB, o Corinthians, apesar de ter obtido o terceiro lugar no Brasileiro-97, teria que chegar entre os seis primeiros neste Paulista para participar do Brasileiro-98. Com uma campanha irregular, a equipe nem mesmo conseguiu ficar entre as oito melhores, sendo excluída dos playoffs. Agora, alegando não terem sido informados oficialmente da alteração nas regras, dirigentes corintianos pretendem recuperar a vaga na Justiça. "Acionamos os advogados Valed Perry e Gabriel Capistrano", disse Carlos Rayel, 40, diretor de basquete da equipe. Mudança O novo presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, 54, que assumiu em junho, reformulou o regulamento do Brasileiro para 98. Com o objetivo de fazer com que os campeonatos estaduais ganhassem força, Grego estipulou que os seis primeiros colocados de São Paulo, os dois primeiros do Rio e o primeiro de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul participarão do Brasileiro-98. Ao mesmo tempo, porém, decidiu cumprir parte do regulamento, a que previa que as últimas equipes da fase classificatória de 97 disputassem jogos com times procedentes da Liga B (segunda divisão) para tentar ficar na elite. Nos duelos, Palmeiras, Minas Tênis (MG) e Tijuca (RJ) venceram, respectivamente, Pinheiros, Blumenau (SC) e Ginástico, assegurando vaga no Brasileiro-98. O Corinthians deverá argumentar, justamente, em cima disso. "Se há ascenso e descenso, é porque há divisões estabelecidas. Pela lógica, os times que não caíram permanecem na primeira divisão", declarou Rayel. O presidente da CBB afirmou ter ficado "feliz em saber que eles (os corintianos) constituirão advogados para ler o regulamento". Segundo Grego, assim que isso acontecer, o Corinthians desistirá de qualquer ação. "Está claro que o regulamento antigo não diz nada a respeito das equipes para 98, apenas à questão do ascenso, que foi cumprida", disse ele. Sobre a Justiça do Rio ter penhorado a sede da CBB, Grego disse que "o processo continua, e nada vai prejudicar o basquete". A penhora ocorreu após ação da empresa de marketing Sportlink, que acusa a CBB de não-pagamento de valores do contrato. Texto Anterior: Assalto leva bico do Williams de Piquet Índice |
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