São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997 |
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Lula diz que sua campanha vai pregar a defesa da soberania
ABNOR GONDIM
A partir do dia 15 de janeiro, Lula começa a primeira etapa da campanha -reuniões com entidades de sem-teto, sem-terra e sindicatos para discutir cidadania e soberania, "valores fundamentais da campanha", segundo ele. "Iremos fazer um movimento em todo o território nacional pela conquista da cidadania e não apenas em busca de voto, como fizemos em outras campanhas", disse. Essa etapa da campanha irá até março do próximo ano, quando o PT oficializa a candidatura. Lula, que será candidato pela terceira vez, pretende atingir os chamados "excluídos". Como exemplo de ataque à soberania nacional a ser criticado na campanha, ele citou os incentivos fiscais vantajosos que estão sendo oferecidos por governos estaduais para a instalação de montadoras estrangeiras, como a General Motors e a Ford. "Essas montadoras geram 300 empregos e recebem em troca milhões de dólares de incentivos fiscais, mas pequenas e médias empresas, que geram muito mais empregos, não são apoiadas." Lula afirmou que o governo Fernando Henrique Cardoso demonstrou, durante a crise nas Bolsas da Ásia, que não tem controle nenhum sobre a economia, por ter lançado um pacote econômico recessivo. Lula evitou responder diretamente se durante a campanha irá criticar o Plano Real, apontado como o principal responsável pela vitória de FHC em 94 depois de ter sido criticado pelo petista. "É uma bobagem discutir o Plano Real. Queremos soluções para o desemprego e saber onde estão as ações do governo na área social. Em lugar disso, encontramos a quebradeira das empresas", disse. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), afirmou ontem que Lula terá "mais uma derrota" em 98. Texto Anterior: Mercosul no limbo legal Próximo Texto: ESTADOS; TERRAS; CONSTITUINTE Índice |
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