São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Premiação por bravura é criticada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A promoção e premiação de PMs cariocas envolvidos com mortes por atos de bravura foi duramente criticada pelo relatório da Human Rights Watch Americas.
No capítulo do relatório denominado "Direito de Monitorar", a entidade norte-americana diz ter sofrido, este ano, com a "agressividade" de autoridades no Rio contrárias à sua atuação.
O número de mortes por PMs no Rio foi apontado como um "retrocesso" na situação geral dos direitos humanos no país pelo diretor da entidade, James Cavallaro.
Autópsias das vítimas, afirma o trabalho, comprovaram que em alguns casos houve assassinatos sumários e não tiroteios entre policiais e criminosos, como apontavam os relatórios que autorizaram as gratificações por bravura.
Citando levantamento do Iser (Instituto Superior de Estudos Religiosos), o relatório diz que o índice de homicídios cometidos pela polícia carioca aumentou de 16 mortes por mês para 32 depois da posse do general Nilton Cerqueira no cargo de secretário de Segurança Pública, em maio de 1995.
Apesar das críticas e de ações judiciais contrárias às gratificações, as autoridades continuaram a promover e a premiar policiais envolvidos nos chamados "atos de bravura", afirma o relatório.

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