São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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FMI revê crescimento global para 3,5%

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o crescimento econômico mundial será de cerca de 3,5% em 1998.
A expectativa é 0,8 ponto percentual menor que a previsão inicial de 4,3% de crescimento, igual à que o fundo fez para este ano.
A revisão na expectativa de crescimento mundial ocorreu devido à crise econômica que teve início nos países asiáticos e alcançou países de fora da região.
A previsão do FMI foi feita ontem pelo sub-diretor-gerente do fundo, Stanley Fischer, depois de falar sobre a ajuda dada à Coréia do Sul, a 11ª maior economia do mundo, nesta semana. O socorro dado foi o maior da história do organismo.
Segundo Fischer, em uma semana o FMI deverá dar mais informações sobre a revisão realizada pelos especialistas da perspectiva de crescimento econômico mundial.
Coréia
Fischer disse que, em dois anos, a Ásia deve recuperar o ritmo de crescimento econômico que vinha apresentando.
Segundo ele, a crise na Coréia do Sul alcançou "grande velocidade" e suas características foram "severas".
Fischer disse que a urgência para concluir as negociações com as autoridades do país obrigou a equipe a estabelecer prioridades.
O fato de as negociações com a Coréia do Sul terem ocorrido poucas semanas antes das eleições no país também dificultou a conclusão do acordo, afirmou Fischer.
O plano de ajuda à Coréia do Sul poderá superar US$ 60 bilhões. Participam do programa o FMI, o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento da Ásia.
O socorro financeiro contará ainda com a contribuição de países como Japão, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Bélgica e Alemanha.
O sub-diretor do FMI afirmou que o apoio do FMI ao programa econômico do governo sul-coreano pretende restaurar a confiança dos mercados financeiros.
Segundo Fischer, após colaborar com a Coréia, enviando empréstimos de US$ 21 bilhões, o FMI ainda contará com US$ 44 bilhões. Os países-membros devem aprovar um incremento de 45% de suas cotas, segundo acordo firmado em setembro na assembléia anual.
O crescimento econômico nos Estados Unidos e em países da Europa compensarão em parte o impacto negativo da turbulência das economias asiáticas, segundo o sub-diretor do FMI.

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