São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Previsão

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
PALPITE PARA 98? MCLAREN.

Mas, como as coisas não são tão absolutas assim, creio que até 8 de março o cenário pode mudar algumas vezes.
O acordo entre McLaren e Bridgestone, costurado há dois meses pelo departamento jurídico de Ron Dennis, coloca o time inglês em boa posição.
Nesta temporada, a borracha japonesa foi superior em alguns circuitos, chegando a nivelar a categoria em determinados momentos. Prost, Arrows e até mesmo a Stewart aprontaram para cima das quatro grandes.
Claro, ninguém sabe estimar ainda qual será o peso da nova arquitetura dos pneus no desempenho dos carros de 98. Mas não é possível, apenas por isso, desdenhar da Bridgestone.
Sem falar que a concorrente Goodyear pode mediocrizar seu programa de pesquisa e desenvolvimento, caso seja séria a intenção de abandonar a categoria ao final da temporada.
Aliás, essa deve ter sido a brecha que os advogados de Dennis encontraram para quebrar o leonino contrato que a fabricante norte-americana mantém com seus times na F-1.
Levando-se tudo isso em conta, passeio da McLaren.
Repetindo, porém, otários são poucos no ramo. E é bom ressaltar o comentário de um dos diretores da Bridgestone lançado na quarta-feira: "Temos condições de fornecer para todos os times da categoria".
Williams e Ferrari devem reagir ou pelo menos assegurar que receberão um produto de confiabilidade mínima para terem condições de disputa.
Os testes de Barcelona, que começaram nesta semana e se estendem até o dia 18, não deverão produzir prognósticos sérios.
Todas as equipes estão rodando com modelos híbridos, apresentando resultados de relevância apenas técnica.
Dessa forma, palpite de verdade só quando os modelos de 98 estiverem na pista. E as manobras jurídicas se encerrarem.

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