São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997
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Clube estuda venda de títulos em bolsa

DA AGÊNCIA FOLHA EM PORTO ALEGRE

Já foi dado o primeiro passo do Grêmio em direção ao conceito de clube-empresa.
A diretoria realizou uma avaliação do patrimônio e da marca do clube. Os números, no entanto, ainda não estão disponíveis, segundo o vice-presidente de finanças, Carlos Biedermann.
Eles serão conhecidos quando o Grêmio começar a publicar seus balanços financeiros. Mas Biedermann adiantou que "não existe nenhuma marca no Rio Grande do Sul com o valor aproximado ao de Grêmio ou Internacional".
O clube ainda não definiu de que forma vai se adaptar à lei Pelé, mas algumas idéias estão sendo analisadas.
O Grêmio está buscando a assessoria de bancos de investimento para definir que tipo de papéis (títulos, ações) poderão ser comercializados para capitalizar o clube.
O vocabulário financeiro está incorporado à rotina da direção. Em curto ou médio prazo, estimou Biedermann, a diretoria vai apresentar "seu projeto de capitalização" ao Conselho Deliberativo.
Uma possibilidade é o lançamento de ações no mercado de capitais. "Se as pesquisas indicarem que há mercado, vamos fazer", observou Biedermann, que é sócio do escritório em Porto Alegre da consultora Coopers & Lybrand, Biedermann, Bordasch.
Com as mudanças, os dirigentes passarão a receber salários pela atividade.
O time vai deixar de ser uma entidade sem fins lucrativos, e há "uma grande chance", afirmou o vice-presidente, de virar uma S.A. (sociedade anônima).
A diretoria quer elevar a receita gerada pela comercialização da marca. Atualmente, o Grêmio recebe cerca de R$ 1,3 milhão por ano do Kawasaki, time japonês que joga com a camiseta do clube gaúcho.
A arrecadação do clube hoje vem de quatro grandes fontes: jogos, televisão, quadro social e propaganda/comercialização. Esta última porção é a que deve crescer mais, previu Biedermann.
Os quase 50 mil sócios serão alvo de promoções, mas terão retorno ao participar de campanhas e compra de produtos. O Grêmio terá um orçamento de quase R$ 35 milhões no próximo ano. Em 97, as contas vão terminar zeradas.

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