São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997 |
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Moraes aproxima Bahia e Pernambuco
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
"50 Carnavais" recolhe, em sete composições inéditas, cinco regravações e mais o clássico pernambucano "O Bom Sebastião", de Getúlio Cavalcanti, influências dos dois Estados, de trio elétrico, samba da Bahia, samba-reggae, frevo, maracatu e emboladas. "Essa rivalidade já existiu, mas venho tentando quebrá-la sempre em minha carreira", afirma Moraes. "Sempre experimentei muito com ritmos pernambucanos -maracatu, ciranda, caboclinho, frevo de rua, frevo de bloco." Ele se diz mero continuador de uma tradição: "Osmar Macedo teve a inspiração para criar o trio elétrico, nos anos 50, quando a orquestra de frevo Vassourinhas, pernambucana, passou pela Bahia em cima de um caminhão. Daí nasceu o trio elétrico da Bahia". "Meu Carnaval não é só frevo ou marchinha, não é Bahia nem Pernambuco -é Brasil. Quero abrir a referências contemporâneas." Moraes chega mais baiano que nunca. "Carreguei na percussão baiana. Dizem que fui o precursor dessa onda, por misturar trio elétrico com bloco afro." Moraes diz, no entanto, que não faz a defesa da axé music mais comercial. "Meu trabalho não é descartável, quero fazer Carnaval para muitos anos. Respeito essa música mais comercial, embora não concorde com ela. Minha proposta é: vamos botar ordem no galinheiro, é possível fazer música de Carnaval com qualidade." Show: Moraes Moreira Onde: Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, tel. 011/277-3611) Quando: hoje e amanhã, às 19h30, e domingo, às 18h30 Quanto: R$ 12 Texto Anterior: Philip Glass nasce de novo no Lincoln Center Próximo Texto: Fusão está na estrutura Índice |
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