São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997 |
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É mentira, tetra?
JUCA KFOURI Chico Anísio que me desculpe pela apropriação de um de seus mais conhecidos bordões, ainda mais vitimado por um trocadilho infame, mas cabe perguntar:1. É mentira dizer que os carecas do Brasil só derrotaram a Arábia Saudita depois que esta ficou com apenas dez jogadores em campo? Não é mentira, embora seja injusto, pela metamorfose da seleção no segundo tempo; 2. É mentira escrever que Dida foi o melhor brasileiro em campo, fazendo quatro defesas que permitiram os 3 a 0 que se seguiram? Não é mentira, embora tenham sido boas também as atuações de Zé Roberto, César Sampaio, Denílson e Romário, sobretudo; 3. É mentira afirmar que, pelo mostrado nos dois últimos jogos, se Zagallo insistirá mesmo com apenas dois atacantes, a dúvida não deve ser sobre o companheiro de Ronaldinho, mas sobre o companheiro de Romário? Não é mentira, embora seja um exagero porque, de fato, Ronaldinho tem lugar em qualquer time do mundo. 3. É mentira lembrar que jamais um grupo que tivesse profissionais como Gilmar, Nílton Santos, Zito, Didi, Tostão e Pelé permitiria o trote estudantil que redundou na odiosa intimidação dos cabelos cortados? Não é mentira, embora seja justo considerar que, se entre universitários a prática já é deplorável, entre representantes do futebol tetracampeão mundial revela a absoluta falta de comando nesta seleção. 4. É mentira atribuir semelhante absurdo a um técnico que faz aviãozinho ou a uma cartolagem que vira mesas, entre outros pecados? Não é mentira, embora o argumento não deva servir para livrar as cabeças vazias que bolaram tal violência. Mas que o exemplo que vem de cima acaba dando nessas molecagens parece evidente. * João Havelange luta para ainda concorrer às próximas eleições na Fifa. Tenta rachar o apoio que a África e a Europa deram ao sueco Lennart Joanhsson. E quer ganhar o Nobel da Paz no ano que vem, tentando fazer da Coréia do Norte a terceira sede da Copa 2002. * Vem aí, nos moldes e ao mesmo tempo que o Paulistão-98, a Copa Independência. Terá as duplas Fla-Flu, Gre-Nal, Ba-Vi, Atle-Tiba e mais Botafogo, Goiás, Atlético-MG e Cruzeiro. E com o apoio da Globo e do SBT. É a Liga! Texto Anterior: Classe H; Conselho Mundial 1; Conselho Mundial 2 Próximo Texto: Juiz da final é 'odiado' por palmeirenses e vascaínos Índice |
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