São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Escola troca 1 mi de latas por 6 micros

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A latinha está tirando escolas da pré-história do quadro negro e giz. Na escola Georg Pfisterer, da zona sul do Rio, seis dos 11 computadores foram trocados por cerca de 1 milhão de latinhas.
"Mudamos a escola graças às latas", diz o professor Nelson Parente. "O computador muda o jeito de dar aula e tivemos que repensar o que fazíamos."
A idéia de que a moeda de troca fossem computadores partiu de Parente. A Latasa, fabricante de latas, tinha idéias mais modestas -ofereceu papel, lápis e caneta.
"Papel não interessa. Quero computador", pediu o professor.
A empresa topou. Estabeleceu que 100 mil latas dariam direito a um computador. Vinte e seis dias depois, em 1993, a escola estava com o lote nas mãos. Era Carnaval e Parente saiu atrás dos blocos catando lata. Hoje, a catação faz parte do cotidiano dos 2.000 alunos.
O sucesso ajudou a impulsionar o programa da Latasa em escolas.
Agora, na tabela de conversão da empresa, um microcomputador Pentium vale 135 mil latas. O kit multimídia sai por 27.500 latas.
O produto escolhido reflete o estado das escolas. As de São Paulo pedem mais computador. As do Rio, ventilador.
(MCC)

Mais informações: (011) 826-8388 (SP), (021) 589-4722 (RJ) e (031) 454-1375 (MG)

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