São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Chucrute

RODRIGO BUENO

Futebol força. Disciplina tática. Jogo de resultados. Não importa os rótulos dados ao futebol alemão. Mais uma vez, uma temporada comprova a eficiência germânica nos gramados.
Dos oito clubes que ainda brigam pela Copa dos Campeões, três são da Alemanha (Bayern de Munique, Borussia Dortmund e Bayer Leverkusen). Nunca dois times do mesmo país decidiram o torneio.
No meio do ano, o Dortmund já tinha conquistado a competição, e o "modesto" Shalke 04 levantou a Copa da Uefa -está entre os oito no torneio 97/98.
Essas equipes brilharam sem muitos dos craques que ganharam a Eurocopa-96, já que boa parte desses atua fora do país.
A competitividade dos alemães é uma das poucas ameaças ao pentacampeonato brasileiro. Mas será que a França verá o primeiro confronto entre Brasil e Alemanha em Copas?
Mais que curiosidade, é um desafio aos especialistas em probabilidade explicar por que nenhum dos 15 Mundiais disputados até hoje contou com um jogo entre brasileiros e alemães. As duas seleções foram as que mais fizeram jogos na história da competição (73).
A Alemanha chegou seis vezes à final. O Brasil decidiu em cinco oportunidades. Os alemães enfrentaram a Iugoslávia em Copas, por exemplo, cinco vezes. Os brasileiros tiveram a Suécia como adversário em Mundiais em sete ocasiões.
Alemanha e Brasil enfrentaram os demais campeões mundiais (Itália, Argentina, Uruguai e Inglaterra) mais de uma vez. Mas o tão esperado confronto entre as duas escolas mais vitoriosas do futebol só se concretizou no Mundial interclubes -o Cruzeiro perdeu para o Bayern e o Dortmund, o Grêmio bateu o Hamburgo.
Na Copa-98, a chance de Brasil e Alemanha se cruzarem é de novo pequena, apenas em uma hipotética final ou, se um dos dois ficar em segundo em seu grupo, na semifinal. Quando?

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