São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Árabes cobiçam experiência de Zagallo

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO

do enviado a Riad
O técnico Zagallo está sendo sondado para trabalhar no futebol árabe depois da Copa da França.
Os Emirados Árabes Unidos e o Irã demonstraram interesse em contar com o treinador brasileiro com vistas à Copa de 2002, que será realizada no Japão e na Coréia do Sul.
Zagallo só quer discutir projetos futuros depois do Mundial de 98. "Meu objetivo agora é o pentacampeonato. Estou totalmente voltado para isso."
Sobre o interesse dos árabes, prefere desconversar. "Eles gostam do meu trabalho porque ajudei a fazer do futebol árabe o que ele é hoje. Participei da criação do futebol nessa parte do globo."
Zagallo lembra que classificou, em 1989, os Emirados para a Copa de 90. O treinador saiu por ter tido uma decepção. "Não me pagaram o prêmio que tinham prometido."
Apesar de dizer que não tem intenção de voltar para a Arábia, ele não diz "dessa água não beberei".
"Gostaria de curtir um pouco mais a vida, mas também sou um profissional e estou aberto para discutir qualquer proposta."
Se voltar para o mundo árabe, Zagallo diz que terá de receber muito dinheiro. "Não é uma vida fácil, principalmente para as mulheres. A adaptação aos costumes dos muçulmanos é complicada. Então teria que ter uma boa compensação financeira."
Segundo ele, se fosse para os Estados Unidos, Europa ou até Japão, a coisa seria diferente. "Nesses lugares, pelo menos você tem mais qualidade de vida."
Durante a Copa das Confederações, Zagallo promete fazer alguns testes no time do Brasil. "No primeiro jogo coloquei o Juninho, o Rivaldo, fiz minhas observações."
Contra a Austrália, o técnico entrará com Rivaldo desde o início, já que não ficou satisfeito com o desempenho de Leonardo e Denílson juntos, nos 3 a 0 contra a Arábia. Denílson passa para a reserva.
Na defesa, entram Zé Maria, no lugar de Cafu, e Roberto Carlos, no de Zé Roberto, apesar da grande atuação do ex-lateral da Lusa na estréia. No ataque, Bebeto ocupa a vaga de Romário.
As observações de Zagallo, no entanto, terão um limite. Afinal, o técnico diz que é importante vencer o torneio.
O campeão fica com US$ 1,5 milhão. O vice, com US$ 1,375 milhão. Quem chegar em terceiro ou quarto leva US$ 1,25 milhão. Os eliminados na primeira fase têm direito a US$ 750 mil.
(JCA)

Texto Anterior: Contra Austrália, Zagallo exige um time 'ligadão'
Próximo Texto: Dida espera compensação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.