São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Riqueza biológica em alta

MAURÍCIO TUFFANI
EDITOR-ASSISTENTE DE CIÊNCIA

A concepção de que a capacidade de recuperação de áreas degradadas de um ecossistema aumenta quanto maior for sua biodiversidade ou diversidade de espécies ganhou reforço com um estudo publicado no dia 4 pela revista científica britânica "Nature".
Essa concepção foi criticada em três outros estudos, publicados na edição de 29 de agosto da revista norte-americana "Science".
Os três estudos foram apresentados na "Science" por J. P. Grime, da Unidade de Ecologia Comparada de Plantas, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
Segundo Grime, a importância de algumas espécies sobre outras deve ser estabelecida em função da necessidade de decidir "prioridades para a conservação".
O novo estudo foi realizado por Shahid Naeem e Shibim Li, do Departamento de Ecologia, Evolução e Comportamento da Universidade de Minnesota, em St. Paul, nos Estados Unidos.
Naeem e Li se basearam em experimentos com comunidades de microrganismos com grande diversidade de espécies. Eles afirmaram ter constatado que quanto maior a diversidade de cada um dos grupos, maior a capacidade de produção de biomassa ou matéria orgânica.
No dia 9, em Washington, nos Estados Unidos, a organização não-governamental Conservation International (CI) apresentou a lista dos 17 países que abrigam cerca de 70% de todas as espécies conhecidas de mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios e plantas e árvores do planeta.
O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países de "megadiversidade", nome dado pela CI à elevada biodiversidade.
Os demais países membros do B-17, nome dado à CI para o bloco das 18 nações de maior biodiversidade, são, em ordem decrescente do número de espécies, Indonésia, Colômbia, México, Austrália, Madagascar, China, Filipinas, Índia, Peru, Papua-Nova Guiné, Equador, Estados Unidos, Venezuela, Malásia, África do Sul e Congo (ex-Zaire).

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