São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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"um dia, vi meu filho se masturbar ao meu lado"

"Meu filho Iuri, 5, sempre foi muito curioso. Aos 3 anos, ele queria acompanhar toda visita ao banheiro. Às vezes, surgiam situações constrangedoras, porque alguns adultos não estão preparados para isso, e não queriam que ele entrasse no banheiro. Quando isso acontecia, o Iuri chorava, porque se sentia rejeitado. A criança não tem barreiras e inibições, todo mundo podia vê-lo no banheiro, por que ele não podia ver os outros? Agora essa fase passou. Procuro encarar a sexualidade do Iuri com naturalidade, mas, quando ele se masturbou do meu lado, aquilo me incomodou muito. E eu não consegui me controlar e perguntei a se não era melhor fazer aquilo quando ele estivesse sozinho. Tive que me segurar para não dar um esporro, mas fiquei preocupada de tê-lo reprimido. Depois da conversa, a situação não se repetiu. Agora ele está na fase de ter cinco namoradas. Mas o namoro é uma coisa lúdica, dar um beijinho no rosto é o máximo. Apesar disso, tenho notado que as mães de algumas meninas não gostam muito, começaram a evitar o Iuri, por isso eu estou dando uns toques para ele deixar esse negócio de namoro para mais tarde."
(Luiza Lusvarghi, 41, jornalista)

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