São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Carnes exóticas são opção para as ceias

FÁBIO EDUARDO MURAKAWA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os preços altos não são impedimento para o crescimento das vendas de carnes exóticas durante as festas de fim de ano.
A produção é restrita, mas empresas do ramo apostam que ela será totalmente absorvida e que o consumo tem espaço para crescer.
É o caso da Perdigão, que colocará no mercado 38 mil perdizes e 113 mil codornas este mês.
"A projeção da empresa é que estes números dobrem no próximo ano", afirma o diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Menezes.
A codorna é vendida em embalagens de 750 g nos supermercados por R$ 5,90. A perdiz (790 g) custa, em média, R$ 8,50.
São preços altos se comparados aos da carne bovina, mas outros bichos exóticos têm preços mais estratosféricos.
É o caso do avestruz, cuja carne consumida no país é ainda toda importada. O quilo da carne pode chegar a R$ 80.
Capivara e jacaré
Outras opções podem ser encontradas a preços mais acessíveis.
O quilo da carne de capivara custa R$ 13, em média, nas casas especializadas.
A mesma quantidade de carne de jacaré sai por R$ 14 e a de javali, por R$ 18.
Tradição secular
A tradição de preparar uma ceia diferenciada para o Natal não é peculiaridade brasileira.
"É uma questão cultural, que vem de séculos atrás", afirma a proprietária do restaurante paulistano La Casserole, Marie France Henry.
Segundo ela, a temporada de caça na Europa coincidia com o final do ano, o que permitia que as ceias natalinas fossem preenchidas com carnes pouco convencionais.

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