São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Em MG, pesquisa acusa distorção

DA REDAÇÃO

Pesquisa realizada em Minas Gerais, pelo Lumen (Instituto de Pesquisas da Pontifícia Universidade Católica-MG), revela que os financiamentos de custeio do Pronaf no Estado foram concentrados no Sul do Estado e na Zona da Mata.
"Isso impediu que regiões mais carentes de Minas, como o Vale do Jequitinhonha, fossem atendidas", diz Rudá Ricci, coordenador da pesquisa. Segundo ele, o levantamento demonstrou que os produtores beneficiados são os mais organizados (ligados a associações ou sindicatos), com maior nível técnico e renda superior à média dos agricultores familiares.
"O Pronaf representou um avanço no atendimento à agricultura familiar, mas reproduz erros antigos na ação estatal, como o de favorecer os produtores mais abastados e organizados, em detrimento dos marginalizados", diz.
O Instituto Lumem entrevistou 550 agricultores nas regiões do Sul de Minas Gerais e Zona da Mata.
"A pesquisa abrangeu produtores beneficiados e não-beneficiados pelo programa, o que nos permitiu comparar o perfil médio dos dois grupos", explica Ricci.

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