São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Abstenção chegou a 8,3% no último dia

Exame da PUC terminou ontem

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O vestibular unificado da PUC-SP terminou ontem. Os candidatos responderam questões de português, literatura, geografia, matemática e química. O índice de abstenção foi de 8,3%, o maior entre os três dias de prova.
Pelo menos três retardatários deixaram de fazer as provas no campus de Perdizes. Paulo Rogério Santos, 23, que disputava uma vaga em história reclama que o trânsito foi o grande problema. Ele mora na Vila Sonia (zona sudoeste) e diz ter saído de casa às 11h.
"O problema é que perdi mais de duas horas e meia no trânsito, a gente não adivinha que vai sair com tanta antecedência e não vai conseguir chegar no horário. Agora já era."
Para os professores do curso Objetivo, a prova não apresentou dificuldades. Sergio Teixeira Bignardi, professor de química, afirma que as duas questões eram clássicas. A única ressalva que faz é quanto à cor que aparece no composto com dicromato. Segundo ele, a solução tem cor alaranjada e não amarela.
Nelson Dutra, professor de português, acredita que a maior dificuldade que o candidato enfrentou foi escrever um texto convincente.
"A prova foi pobre, não avaliou o conhecimento. A mesma pergunta apareceu em todos os itens. Se o aluno acertou uma, acertou todas, mas o contrário também pode ter acontecido", diz Giuseppe Nobilioni, coordenador de matemática do Objetivo.
Já os candidatos entrevistados pela Folha, encontraram bastante dificuldade na prova de matemática, que foi considerada o bicho-papão do exame de ontem. Caroline Dupp da Silva Leite, 17, que presta direito, chegou a passar mal e teve de sair da sala de aula, por duas vezes, para tomar água e molhar os pulsos.
"Quando vi a prova de matemática, comecei a passar mal. A sala estava muito quente, tenho hipoglicemia, fiquei muito nervosa e não consegui responder corretamente a questão", afirma.
Fatec
A coordenadoria do vestibular das Fatec (Faculdades de Tecnologia) corrigiu o gabarito da questão 40 de português. A alternativa correta é a "e" e não a "d", como publicado na edição de ontem.

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