São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Tumulto de camelôs fere três no Rio
RENATA RODRIGUES
A confusão começou quando os guardas tentaram retirar os camelôs que ocupavam a calçada em frente ao Passeio Público (próximo à Cinelândia). Eles estavam em companhia dos fiscais da CLF (Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização), órgão da Secretaria Municipal de Fazenda. Duas Kombis da corporação tiveram os vidros estilhaçados e uma delas foi tombada pelos camelôs. Um guarda e um fiscal ficaram feridos. Na versão dos camelôs, os guardas já teriam chegado destruindo as barracas e batendo nos ambulantes. Robson Luiz Alves Pereira, 24, que vendia pilhas e bonecas, disse que os guardas bateram em algumas pessoas. Ele perdeu toda a mercadoria. "Eles chegaram na agressão, arrasaram todo mundo. Isso foi a gota d'água. Qualquer dia morre um deles ou um dos nossos", disse uma ambulante que se identificou como Juciara. Um homem levou um soco no rosto e foi levado para o hospital por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. De acordo com os camelôs, o homem é um mendigo. O tumulto só foi desfeito com a chegada da PM (Polícia Militar). Segundo o major Germano, da Ceptran (Companhia de Policiamento de Trânsito), cerca de 40 PMs foram para o local. Policiais que tentavam controlar a situação dispararam tiros para o alto. Algumas pessoas que passavam no local se esconderam em lojas e prédios próximos, com medo da confusão. A loja de departamentos Mesbla baixou os portões de ferro. Os carros da Guarda Municipal tiveram que sair do local entrando por uma rua na contramão para evitar um novo confronto com os ambulantes. Texto Anterior: Leia a íntegra da correspondência Próximo Texto: Ponte dos Remédios reabre ao tráfego Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |