São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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La Coruña abre mão de disputa por Wanderley Luxemburgo

LUIZ CESAR PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Wanderley Luxemburgo assinou um pré-contrato com o Deportivo La Coruña (Espanha) antes de aceitar a proposta de dois anos do Corinthians.
O clube espanhol, porém, não deve tentar entrar em disputa judicial pelo treinador.
O presidente do La Coruña, Augusto Lendoiro, após saber que Luxemburgo aceitara a proposta corintiana, assegurou no cargo José Manuel Corral, que era assistente de Carlos Alberto Silva, quando este dirigiu o time espanhol.
O pré-contrato foi assinado na noite de segunda-feira.
Segundo Luxemburgo, ele só aceitou assinar o documento porque os empresários que representavam o clube espanhol, Francisco Monteiro, o Todé, e Fernando Torcal, fizeram outro, escrito na hora, que eximia do compromisso com o La Coruña caso chegasse a acordo com o Corinthians.
O treinador tem cópia apenas do pré-contrato com o La Coruña. E diz que o empresário Fernando Torcal se comprometeu a rasgá-lo caso houvesse entendimento com o time paulista.
Já Torcal mostrou-se decepcionado com o técnico.
"Eu deixei cerca de 40 recados para ele. Se os homens têm palavra, e são homens, eles procuram para explicar a situação", disse.
"Mas nós não vamos fazer valer o contrato. Nós vamos entregá-lo ao La Coruña", completou.
O La Coruña já havia iniciado entendimentos para contratar três jogadores solicitados pelo treinador: os atacantes Muller e Rodrigo e o zagueiro Antônio Carlos.
Segundo Luxemburgo, na manhã de terça, ele entrou em contato com o diretor de Esportes do banco Excel Econômico, Mário Sérgio Pontes de Paiva, que aceitou as condições impostas e o acordo foi firmado com o clube paulista.
Para Léo Rabelo, agente credenciado na Fifa para negociar jogadores, dificilmente o clube espanhol poderia fazer valer seus direitos amparado pelo pré-contrato.
"Um contrato assim é muito discutível. Nós, credenciados na Fifa, temos poder na negociação de jogadores. Não há legislação específica para treinadores", diz.
O atual gerente de futebol, Paulo Angioni, que teve problemas com o técnico em 95, quando estavam no Flamengo, deve deixar o clube.

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