São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997
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Ato contra privatização deixa 5 feridos

FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Quatro sindicalistas ligados à CUT e um policial militar ficaram feridos ontem à tarde em uma manifestação contra a realização de assembléia de acionistas da Eletrosul, em Florianópolis (SC).
A assembléia aprovou a divisão da estatal em duas empresas, uma responsável pela geração e outra pela transmissão de energia.
A cisão da Eletrosul é o primeiro passo para a privatização da área de geração, marcada para 12 de fevereiro. A transmissão permanecerá sob controle da União.
Às 6h30, cerca de 300 militantes de sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), contrários à privatização, bloquearam a entrada do prédio da Eletrosul. Pouco depois, chegaram cerca de cem policiais militares, que cercaram o prédio.
O conflito aconteceu no início da tarde, quando os manifestantes tentaram se aproximar do portão principal. No tumulto, quatro sindicalistas saíram feridos por golpes de cassetete. Um PM teve o nariz fraturado por um soco.
A assembléia, que deveria ter começado às 14h, atrasou quatro horas. No final da manhã, uma liminar concedida em favor de um grupo de empreiteiras credoras da Eletrosul suspendeu a reunião.
As empresas, lideradas pelas construtoras Iesa e Brascep, temem não receber seus créditos após a divisão da Eletrosul. A liminar só foi cassada no final da tarde, pelo Tribunal de Justiça.
A partir de agora, a empresa de geração passará por uma avaliação e terá seu preço mínimo definido.
O presidente da Eletrosul, Cláudio Ávila, acredita que o leilão só ocorrerá em março ou abril, devido a um atraso no cronograma.

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