São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997
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Conselho aprova tombamento do Ibirapuera e sua vizinhança

Bairro que fica próximo ao parque teve processo aberto

DA REDAÇÃO

Foi aprovado ontem pelo Compresp (Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) o tombamento do parque Ibirapuera e o início do processo de tombamento do bairro Jardim Lusitânia, vizinho ao parque (ambos na zona sudoeste de SP).
O efeito mais imediato desses processos é a necessidade de aprovação, pelo Compresp, de quaisquer obras num espaço de 300 m2 ao redor dessas áreas.
Isso inclui o prédio de flats que tinha sido aprovado por um órgão da prefeitura, a CNLU (Comissão Normativa de Legislação Urbanística), na esquina da rua Canário com a av. República do Líbano.
"O alvará que os empreendedores obtiveram é irregular e foi cassado", disse o secretário municipal da Habitação, Lair Krahenbuhl.
Na prática, uma área que tem o processo de tombamento em discussão tem as mesmas proteções de uma tombada: intervenções e obras no local, nos dois casos, só podem ser feitas com autorização do órgão que analisa o processo.
"Com o tombamento, o zoneamento da área em volta do Ibirapuera não pode ser mudado", disse o secretário.
Ele se referia ao projeto de lei do vereador José Viviani Ferraz (PL), que alterava de Z-1 (zona estritamente residencial) para Z-3 (zona onde pode ser construído até um estabelecimento comercial de grande porte) a área da fábrica desativada Parquetina, na av. Quarto Centenário, agora tombada.
Vice-presidente da entidade representativa do Jardim Lusitânia, o arquiteto Mario Lorenzetti, 67, disse que também quem frequenta o parque foi beneficiado.

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