São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997 |
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Tratar todos os soropositivos custaria US$ 2,3 bilhões ao SUS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O custo do tratamento de infectados com o HIV pode chegar a US$ 2,3 bilhões para o Sistema Único de Saúde se forem tratadas todas as 340 mil pessoas que, segundo estimativas, são portadoras do vírus causador da Aids.Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) destaca o crescimento do número de soropositivos entre heterossexuais -notadamente as mulheres e os usuários de drogas injetáveis- e a tendência de a doença se transformar em uma endemia. Mais grave é a dificuldade que as campanhas de prevenção têm para atingir seu novo foco. "A Aids é uma doença que cada vez está mais perto da pobreza", destaca o pesquisador André Nunes, autor do estudo "O Impacto Econômico da Aids/HIV no Brasil". O custo estimado pelo Ipea para tratamento de portadores do HIV é de US$ 16 mil por paciente/ano. Para tratar os 60 mil pacientes que já manifestam os sintomas da Aids, o governo deve gastar este ano US$ 963 milhões. Cada paciente, segundo André Nunes, custa US$ 6 mil em medicamentos e US$ 10 mil em assistência médico-hospitalar para o governo. Ao atingir pessoas de faixas menores de renda, a Aids vai requerer mais dinheiro do governo, uma vez que os pacientes vão depender cada vez mais do sistema público de saúde. A lei que obriga o poder público a atender integralmente todos os portadores do vírus HIV é do final de 96. Por isso, conclui o estudo, "os esforços não devem se concentrar em gastar menos, mas sim em reduzir o número de casos, implementar intensas e eficazes estratégias de prevenção e, também, de controle da infecção, além de promover cuidados integrados de saúde do paciente". Texto Anterior: FEI divulga lista de aprovados; Mauá e São Judas têm provas Próximo Texto: Sem ajuda de entidades, M. volta para casa Índice |
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