São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997 |
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Juro para janeiro e NY derrubam Bovespa
LUIZ CINTRA
Bancos e corretoras precisaram corrigir para cima suas curvas de juros e de dólar, projetadas nos negócios na BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros) e a Bovespa fechou com queda de 3,76%. O custo dos empréstimos entre os bancos para janeiro passou dos 2,61% da quarta-feira para fechar ontem a 2,75%. Ritmo dos juros Economistas ouvidos ontem pela Folha consideram que o governo preferiu ser conservador na sua política monetária, temendo novos lances na crise asiática que pudessem obrigar uma nova revisão dos juros, dessa vez para cima, o que seria traumático. O deputado Delfim Netto (PPB), por exemplo, considera que o problema é o governo não ter controle sobre dois fatos: a situação externa e o fluxo de dólares para o país. "Tinha espaço para uma redução maior dos juros, mas o governo optou por ser conservador. A verdade é que será preciso calibrar a queda dos juros de acordo com o nível da reservas", diz Delfim. O ex-ministro da Fazenda e consultor Mailson da Nóbrega também considera que havia espaço para reduzir mais os juros para janeiro -até para 2,60%, acredita. Para Mailson, o Banco Central aproveitou para mandar uma mensagem política com a decisão. "O governo aproveitou para mostrar ao setor político que não se pode perder a urgência das reformas. Se a queda dos juros fosse maior, poderia parecer que tudo estava resolvido." Texto Anterior: Juros médios do crediário sobem a 10% Próximo Texto: FMI lança programa de emergência Índice |
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