São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997
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Bolsa de Tóquio tem queda de 2,3%

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou ontem com queda de 2,3% depois que investidores decidiram vender ações para se beneficiar da alta registrada no dia anterior.
O índice Nikkei -que reúne as principais ações negociadas- perdeu 379,42 pontos e fechou a 16.161,64 pontos.
Foram negociadas ontem 450 milhões de ações, contra 615 milhões da véspera.
Analistas do mercado financeiro afirmaram que, desde o início do pregão, corretores haviam começado a vender ações para obter benefícios frente à alta registrada no dia anterior.
Na quarta-feira, a Bolsa de Valores de Tóquio teve alta de 3,5% depois de o primeiro-ministro, Ryutaro Hashimoto, anunciar medidas para aquecer a economia do país, atualmente em fase de estagnação.
Segundo analistas, o mercado ainda aguardaria mais tempo para poder comprovar a eficácia do novo plano econômico, que inclui redução de cerca de US$ 15 bilhões em impostos e emissão de US$ 77 bilhões em bônus do governo.
As medidas foram sugeridas pelo Partido Liberal Democrata (PLD), o mesmo do primeiro-ministro.
Estima-se que, nos próximos dias, investidores vão continuar a vender ações até se certificarem se haverá novas medidas para complementar as anunciadas na última quarta-feira.
Crescimento
O PLD anunciou ontem mais detalhes sobre o plano econômico do governo japonês para recuperar o setor financeiro do país.
A emissão de US$ 77 bilhões deverá recapitalizar o depósito de garantia de fundos, que é financiado pelo governo.
O depósito garante fundos de clientes das instituições financeiras que enfrentam dificuldades e que não podem honrar seus compromissos.
"Pedimos ao governo que tome rapidamente as medidas para acabar com a estagnação econômica", disse o PLD, em comunicado.
Segundo o comunicado, o plano econômico, que é o terceiro desde outubro deste ano, foi lançado devido à crise no mercado asiático e à falência de quatro instituições financeiras japonesas em menos de um mês.
A redução de impostos vai beneficiar tanto os contribuintes individuais, quanto as empresas.
A perda de ingressos será coberta com a emissão de obrigações suplementares do governo, o que deve comprometer a política de saneamento das finanças públicas anunciada anteriormente pelo primeiro-ministro.
Para o governo japonês, o índice de crescimento da economia do país em 1998 vai ficar em 1,9%. O índice é o mesmo previsto para este ano, segundo fontes oficiais.

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