São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997 |
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Baiano se destaca em casa
CELSO FIORAVANTE
A seleção de 58 artistas entre os 1.143 inscritos este ano mostrou que o evento não deixa a dever às seleções paulistas ou cariocas. No espaço principal da mostra, por exemplo, está o paulista Giancarlo Lorenci. Sua instalação "Costelografia" (veja foto nesta página) vai além do aspecto lúdico da arte cinética, que pretende dar movimento real ou ilusório à arte. Remete às artes gráficas e trabalha com questões de identidade ao simular códigos de barras e dissimular mensagens com suas letras distorcidas negras sobre fundo vítreo. Também instigantes são os desenhos de André Lenz, criados com perfurações de fósforos sobre papel e band-aids sobre papel. Para Lenz, papel é pele, e em seus desenhos, o serialismo dos band-aids dialoga com os ferimentos dos fósforos nos relevos criados no papel. Lado a lado, produzem ainda um belo efeito gráfico de linhas verticais, horizontais e diagonais. A Bahia também traz bons representantes, como Paulo Pereira e Luís Marcelo, que nem é de Salvador, mas de Muritiba. Marcelo apresenta três boas composições em que recupera a formação barroca do Estado por meio de motivos ornamentais (flores e folhas) e nas serigrafias de figuras de anjos e Cristos (veja trabalho nesta página). (CF) Texto Anterior: Salvador e Recife criam pólo contemporâneo no NE Próximo Texto: "O Chacal" é fruto de uma mente sem ambição Índice |
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