São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997
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Música sinfônica predomina em 1988

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A temporada de 1998 da Sociedade de Cultura Artística terá como ponto forte a música sinfônica.
Isso ocorrerá em grande estilo. Deverão se apresentar em São Paulo a Filarmônica de São Petesburgo (ex-Leningrado), a Nacional da Espanha, a Filarmonia de Londres e, em concerto extra-assinaturas, a Orquestra de Filadélfia.
Duas outras formações "emergentes" também fecharam contrato. São elas a Sinfônica de Montreal (Canadá) e a Orquestra da Toscana (Itália).
Entre conjuntos especializados em música barroca com instrumentos e afinação de época, voltam ao Brasil Les Arts Florissants e a Academy of Ancient Music, dirigidas por William Christie e Christopher Hogwood.
Maestros
Um longo parêntese sobre os demais maestros. A Orquestra de Filadélfia estará sob a direção de Wolfgang Savallisch. É um dos herdeiros da tradição toscaniniana de rigor cristalino na interpretação, da moderação da dinâmica, das cores circunspectas. Trata-se de um dos grandes intérpretes atuais de Mahler e Bruckner.
São Petesburgo
São Petesburgo chegará com Yuri Temirkanov. Sua reputação é a de ter procurado conter a hemorragia de músicos provocada pela implosão da ex-União Soviética e a de preservar a sonoridade que a orquestra teve sob a batuta de Mravinsky.
John Eliot Gardiner, que regerá a Filarmonia, é bem mais que um grande maestro. É também um excelente musicólogo. São suas as poucas inovações de leitura que a década de 90 registrará no complexo conjunto das nove sinfonias de Ludwig van Beethoven.
Há dois consagrados veteranos da regência: Charles Dutoit, com a Sinfônica de Montreal, e Rafael Fruhbeck de Burgos, com a Nacional da Espanha.
Por fim, Umberto Benedetti Michelangeli -filho de Arturo Benedetti Michelangeli, um dos maiores pianistas italianos deste século- regerá a Orquestra da Toscana, formação de 45 músicos que tem se especializado no clássico, no primeiro romantismo e na música contemporânea.
Música de câmara
O Cultura Artística programou uma única atração em música de câmara. Será o Quarteto de Tóquio, atuando com o pianista Barry Douglas como quinteto com piano.
E como instrumentista solo estará se apresentando o pianista húngaro Deszo Ranki, que traz bons prêmios internacionais e gravações com orquestras prestigiosas no currículo.

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