São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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Vasco rompe seu caráter em busca do tri MAÉRCIO SANTAMARINA MAÉRCIO SANTAMARINA; SÉRGIO RANGEL
O Vasco busca o tricampeonato brasileiro hoje, no Maracanã, com um time armado na retranca. O treinador Antônio Lopes resolveu abrir mão da ofensividade, que caracterizou a equipe na competição, para jogar com o regulamento. O time carioca, campeão brasileiro em 1974 e 1989, o Vasco precisa apenas de um empate para para conquistar o título da temporada. As chances de gol do Vasco deverão se resumir apenas aos contra-ataques e às jogadas ensaiadas de bola parada. "Se a partida terminar como começar, será excelente para o Vasco", afirma o técnico. Lopes procurou reforçar a marcação durante os últimos treinos e confirmou a opção pelo apoiador Pedrinho, de características mais defensivas, no ataque, caso a suspensão de Edmundo seja mantida. O Vasco deve usar o mesmo esquema que conseguiu deter o ataque palmeirense na primeira partida da final, há uma semana, no Morumbi, em São Paulo. Ou seja, congestionar a entrada em sua área, sem deixar espaço para Alex e Zinho criarem jogadas para Viola e Euller. "A ordem do Antônio Lopes é neutralizar as jogadas dentro da área", afirmou o meia Válber. Os meias defensivos Nasa e Luisinho vão dar cobertura aos zagueiros Mauro Galvão e Odvan. Os jogadores "pendurados" com dois amarelos -Juninho e os dois zagueiros-, que em São Paulo tiveram que evitar faltas para não ficarem fora do jogo decisivo, terão mais tranquilidade para colocar em prática a tática defensiva. "O Zinho se movimenta muito. A marcação terá que ser homem a homem", disse Nasa, apelidado pelo grupo de "cão de guarda". É ordem de Lopes todo jogador de meio-campo marcar. Quinto homem Se Edmundo puder jogar, Evair fará o quinto homem do meio-campo. Caso contrário, Pedrinho terá essa função, e Evair ficará isolado no ataque. O goleiro Carlos Germano, invicto há 13 jogos, é considerado peça fundamental no esquema de Lopes porque, se não levar gol, assegura o título ao Vasco. "É uma responsabilidade grande, mas sei que não está só nas minhas mãos. A defesa toda tem que dividir esse peso", disse ele. "Será preciso manter a humildade e a tranquilidade de sempre. Será um jogo muito tenso", afirmou Antônio Lopes. Recorde de público Os 92,5 mil ingressos já haviam sido vendidos até ontem. O presidente da Suderj (Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro), Raul Raposo, prevê recorde de público, com cerca de 120 mil pessoas, incluindo convidados. Será a primeira final de Brasileiro no Maracanã desde 92, quando o Flamengo ficou com o título ao empatar com o Botafogo em 2 a 2. Na ocasião, a grade das arquibancadas se rompeu. Dezenas de pessoas caíram de uma altura de sete metros, e 88 pessoas ficaram feridas. Pelo menos uma morte foi confirmada posteriormente. Texto Anterior: Para equipe paulista, Maracanã é campo neutro Próximo Texto: Cariocas marcam tiro de meta Índice |
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