São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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Para Edmundo, Palmeiras terá que comer grama
MAÉRCIO SANTAMARINA
Mas, mesmo tendo a vantagem do empate, o jogador disse que o Vasco não é favorito porque o rival tem uma "seleção". (MS) * Folha - A dúvida sobre a possibilidade de você jogar a decisão cria algum tipo de tensão? Edmundo - Realmente, fica uma tensão grande. Mas, por outro lado, estou supertranquilo porque acho que já cumpri o meu papel. Independentemente de eu jogar ou não, o Vasco vai ter condições de buscar o título. Se eu puder jogar, será melhor para o conjunto, pois os outros jogadores já me conhecem bem. Folha - A polêmica que seria criada caso você consiga jogar por meio de algum artifício jurídico tiraria o brilho do título, se o Vasco for campeão? Edmundo - Se eu jogar, sei que as pessoas vão especular e desmerecer o título do Vasco se vencermos. Mas não vão tirar o brilho porque estamos conscientes de que realmente fizemos o melhor por merecê-lo. Folha - Você se considera um dos principais responsáveis por esse sucesso que o time obteve no Brasileiro? Edmundo - Os outros tiveram uma participação até maior qu a minha. Eu fiz a maioria dos gols, mas, para isso, a bola tinha que chegar até mim. Não adiantaria nada eu fazer um gol e o time tomar dois ou três. A participação dos zagueiros e do goleiro também foi fundamental. Folha - Este campeonato é o mais importante de sua carreira? Edmundo - Sempre o que a gente tem pela frente é o mais importante. Tudo o que conquistei até aqui ficou no passado. Folha - Qual foi seu gol mais importante neste campeonato? Edmundo - O último que marquei, contra o Flamengo, nas semifinais. Foi o meu 29º gol no Brasileiro, que me permitiu superar o recorde (de Reinaldo, do Atlético-MG, em 1977, com 28 gols). Acho que consegui, a partir dali, consolidar totalmente a nossa batalha final. Folha - Saber que um empate dá o título ao Vasco deixa a equipe mais tranquila? Edmundo - Não vejo favoritismo nisso. Se o Palmeiras chegar aqui e ganhar, vai ser normal, pois eles têm um time de seleção. Mas a gente vai jogar em casa, com apoio da torcida, e vai ser preciso comer muita grama para nos derrotar. Texto Anterior: Cariocas marcam tiro de meta Próximo Texto: Deserdados reclamam vaga na equipe de Zagallo Índice |
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