São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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Retrato reduz universo suspeito
DA REPORTAGEM LOCAL O retrato falado dificilmente será, como o nome diz, um retrato da pessoa que cometeu o crime, segundo os desenhistas que fazem esse tipo de desenho em São Paulo."O retrato serve para reduzir o universo de pessoas sujeitas à identificação. A feição necessariamente tem que ser acompanhada por dados como altura, idade etc.", diz Sidney Barbosa. Apesar dessa distância entre o rosto e o retrato, há muitos casos em que o desenho foi determinante no esclarecimento do crime. Os desenhistas têm dezenas de histórias assim, a maioria sem precisão de data, nomes, locais. Segundo Yoshiharu Kawasaki, foi um retrato de sua autoria que possibilitou à polícia desvendar a morte de duas crianças que haviam sido assassinadas pela mãe. "A mãe viajou com as filhas e voltou sem elas, dizendo que haviam ficado com um parente. Mas os corpos das meninas foram encontrados e uma testemunha fez o retrato falado da mulher que as deixou no local", conta. "O retrato foi divulgado pela imprensa e um policial disse que conhecia a mulher. Na casa, descobriram que a mãe havia matado as filhas, por problemas mentais." Segundo Barbosa, é comum o retrato falado ser levado para a área de atuação do criminoso e apresentado para as pessoas. "Sempre tem alguém que diz que o retrato se parece com um ou outro sujeito. Já é uma pista. Teve um caso em que o delegado levou o retrato para a carceragem e perguntou quem conhecia. Disseram que o retrato era igual a um ex-preso, e que ele vivia em Alphaville. A polícia prendeu o sujeito." Texto Anterior: Desenhista é psicólogo Próximo Texto: 'Testemunha não pode fingir' Índice |
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