São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Museu dos Presépios reabre em casa própria

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde a sua criação, há 41 anos, o Museu dos Presépios ganha hoje uma casa própria, no prédio onde funcionava a administração do Museu de Arte Sacra de São Paulo, na avenida Tiradentes, 676 (centro).
A festa de inauguração, para convidados, começa às 17h30 com a presença do governador Mário Covas e a benção do cardeal d. Paulo Evaristo Arns.
Para o público, que terá à disposição 38 presépios dos cinco continentes, com as características do folclore de cada região, o museu estará aberto, excepcionalmente, amanhã e terça, das 13h às 21h.
A idéia da criação de um museu de presépios surgiu em 1949, quando o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho trouxe da Itália um presépio napolitano de 1720.
O presépio, principal obra do acervo de 189 conjuntos do museu, tem uma aldeia da região de Nápoles como cenário e reúne também, além da imagem de Cristo na manjedoura, cenas do cotidiano napolitano da época.
O acervo do museu não era exibido continuamente desde 1985. Somente 12 anos após a última exibição os presépios ganham um espaço definitivo.
Em 1951, o presépio napolitano foi montado pela primeira vez, na Galeria Prestes Maia. Depois, o presépio passou a ser montado na marquise do Ibirapuera, onde o acervo começou a crescer.
Em 1956, a Prefeitura de São Paulo criou o museu por decreto. Em 1970, o município doou as obras para o Estado, que as incorporou ao acervo do Museu de Arte Sacra. As obras foram exibidas na marquise do Ibirapuera até 1985, quando problemas de infiltração das instalações do museu e da marquise fizeram com que os espaços destinados para a exposição fossem desmontados.
O acervo do museu cresceu durante o período em que foi exposto no Ibirapuera, por meio de doações e aquisições de presépios brasileiros e estrangeiros.
Todos os presépios reúnem características étnico-culturais do país de origem. Por isso não se assuste ao encontrar um menino Jesus de olhos puxados no presépio japonês, ou reis magos com chapéus e indumentárias de cangaceiro, no caso dos conjuntos dos Estados do Nordeste.

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