São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Argentinos preferem bloco sul-americano

DE BUENOS AIRES

A opinião pública argentina já decidiu: a prioridade do país em relação à política exterior deve ser a aliança com o Brasil e a consolidação com o Mercosul em detrimento da aliança com os Estados Unidos e o Nafta.
Dados divulgados nesta sexta pelo Centro de Estudos União para a Nova Maioria revelam que em média 54% da população argentina apóia a aliança com o Brasil, 13% apóia a aliança com os EUA e 33% não soube opinar.
A oposição, representada pela aliança UCR-Frepaso, venceu as eleições legislativas do último dia 26 de outubro e tornou viável uma vitória também nas eleições presidenciais de 99, o que poderá incrementar ainda mais as relações da Argentina com o Brasil e a consolidação do Mercosul.
Segundo as conclusões de Fraga, "há quatro pessoas que priorizam a aliança com o Brasil para cada uma que a prioriza com os EUA".
"Cabe destacar que uma em cada três pessoas consultadas não tem opinião formada, pois o conhecimento da opinião pública em relação aos temas de política exterior é relativo", concluiu o estudo.
O alcance da pesquisa foi a população com idade superior a 18 anos e residente na cidade de Buenos Aires (a capital federal) e na região metropolitana.
Foram consultadas 1.140 pessoas, divididas de acordo com a proporcionalidade do último censo oficial.
A pesquisa ocorreu na primeira semana de dezembro.
A deputada eleita como cabeça-de-chapa pela aliança UCR-Frepaso nas eleições do dia 26 e já lançada informalmente como pré-candidata de oposição à presidência, Graciela Fernández Meijide, disse, em entrevista concedida recentemente à Folha, considerar fundamentais os blocos econômicos para aprimorar o processo democrático.

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