São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Anônimos almejam carros mais baratos e acessíveis

Veículos para usar no trabalho viram objeto de desejo

MARCELO PIZANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Diferentemente das personalidades mais abonadas, os anônimos menos endinheirados optaram por modelos mais racionais e (quase) acessíveis na hora de escolher o presente de Natal.
Quando indagado sobre qual é o carro que gostaria de ganhar do Papai Noel, o motoboy Josenildo da Silva Santos, 19, escolheu a perua nacional Parati, da Volks.
"Esse carro é demais e nem é tão caro assim. Talvez um dia eu possa ter um desses", deseja. A perua Parati mais barata, a versão 16V 1.0, custa a partir de R$ 17,2 mil.
Mas há quem almeje um carrão, não para aproveitá-lo em viagens ou com a família, mas para continuar trabalhando, como o motorista de táxi Celso de Freitas, 34, que utiliza no seu dia-a-dia um Gol. Se pudesse escolher um automóvel de presente, ficaria com a perua importada Ford Mondeo SW, que custa R$ 35,95 mil.
"A perua Mondeo é ideal para transportar passageiros a aeroportos e hotéis cinco estrelas. Um taxista com um carro desses consegue faturar uma boa grana no fim do mês", explica.
Sobre a vantagem de colocar um carro desse nível na praça, Celso responde: "Existem vários Omega e Suprema nas ruas. A perua Mondeo custa quase a mesma coisa e é muito mais imponente".
Outros preferem unir o carro dos sonhos com um bom negócio. É o caso do gari Marcos Aurélio, 31, que sonha com uma van importada Besta, da coreana Kia, de US$ 22,9 mil.
"Uma Besta carrega toda a família e ainda dá um bom lucro quando utilizada como lotação", diz Aurélio, que pilota diariamente um limpador de ruas motorizado.

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