São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Corsa automático aumenta o conforto

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se custasse menos e fosse um pouco mais espaçoso, o Corsa Sedan GL com câmbio automático deveria ser uma opção considerada por todos os motoristas que rodam boa parte do tempo no trânsito urbano.
É verdade que o carro consome mais gasolina e perde em desempenho em relação à versão mecânica. No entanto o conforto do motorista cresce muito. Basta acelerar e brecar, sem se preocupar com o pedal de embreagem e com a alavanca de câmbio.
No anda-e-pára comum do trânsito paulistano, essa comodidade deve ser considerada ainda mais na hora da compra.
O maior problema do carro é o preço. A versão GL, a única disponível, custa entre R$ 20,7 mil e R$ 24,3 mil -sem câmbio automático, sai por R$ 17,26 mil.
Concessionários GM dizem que o carro não é produzido na versão GLS ou com motor 16 válvulas justamente porque o preço subiria muito e ficaria proibitivo.
A versão básica inclui, além do câmbio automático, direção hidráulica e acionamento elétrico para vidros e retrovisores. Completo, como o testado pela Folha e pelo Instituto Mauá de Tecnologia, traz ainda ar-condicionado, rádio toca-fitas e ajuste de altura para o banco do motorista.
Com R$ 24,3 mil é possível pular de um Corsa para um Vectra GL, mais moderno, maior e com motor de 2.000 centímetros cúbicos (cc), que oferece melhor desempenho e menor consumo de combustível no trânsito urbano, como demonstraram os testes Folha/Mauá.
Por outro lado, quem faz questão de possuir um carro com câmbio automático tem no Corsa Sedan GL uma das opções mais racionais.
Mais barato que o carro da Chevrolet só o Suzuki Swift. O carro japonês custa US$ 17,4 mil, mas tem motor 1.0 de 55,7 cv e só é disponível na versão hatchback.
Outras opções com câmbio automático na mesma faixa de preço do Corsa Sedan são os coreanos Hyundai Accent e Daewoo Lanos.
Câmbio
No teste, o Corsa automático gastou um litro a cada 9,9 km rodados na cidade. Não é um número fenomenal, mas pode ser considerado satisfatório.
Para ir de 0 a 100 km/h, gastou 13,17 segundos. Número aceitável para um carro com câmbio automático. O Fiat Siena, com motor 1.6 16V e câmbio manual, precisou de 11,03 segundos.
Números à parte, o desempenho do carro é bastante agradável tanto em trechos urbanos quanto na estrada, onde se roda quase sempre em quarta marcha.
O motor 1.6, de oito válvulas, com injeção eletrônica multiponto, oferece 92 cavalos -potência suficiente para retomadas e arrancadas relativamente rápidas.
O câmbio automático, apesar de tirar boa parte da agilidade do carro -o que é natural-, proporciona trocas precisas, no momento certo e sem solavancos.
Além disso, para os motoristas que não se importam com o consumo de combustível e querem mesmo é acelerar, há uma tecla S (de "sport") no console.
Acionada, o desempenho torna-se mais esportivo: as trocas de marchas (da primeira à quarta) são feitas em rotações mais elevadas. Se a tecla for acionada com o veículo já em movimento, a marcha é reduzida -de quarta para terceira, por exemplo- "empurrando" mais ainda o carro.
Ao lado da tecla S, há também um botão que melhora a aderência do carro em pisos molhados e escorregadios, como lama.

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