São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Trator fora de combate; Rendição precoce; Reforço de tropa; Tucano social; Medida de desequilíbrio; Pena para todo lado; Para inglês ver; Ação em família; Apostando na confusão; A hora da estrela; Ver para crer; Dádiva eleitoral; Decifra-me; Detalhe esquecido; Interesse oculto

Trator fora de combate
Os tucanos dizem que a recente doença de Serjão afastou em definitivo a hipótese de ele vir a disputar a eleição ao governo paulista, caso Covas insista em não concorrer. O ministro é quem mais Maluf teme na disputa.

Rendição precoce
O Planalto avalia que FHC vai disputar a reeleição num cenário em que o desemprego estará em torno dos 6% mensais, no índice medido pelo IBGE. Nada que os tucanos considerem "muito dramático". Em 94, o quadro era bem melhor: 3,37% mensais.

Reforço de tropa
O BNDES deve autorizar outros agentes financeiros, além do Banco do Brasil, a operar com o Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda) urbano. Em dois anos e meio, o BB liberou cerca de R$ 2 bi para o setor rural e só R$ 313 mi para o urbano.

Tucano social
Covas já manifestou interesse em colocar a Nossa Caixa no circuito do Proger urbano. Das 18.434 operações contratadas pelo Banco do Brasil até outubro último, em todo o país, apenas 954 se deram em São Paulo.

Medida de desequilíbrio
Nos três anos de governo FHC, o Congresso aprovou 122 projetos de lei de sua própria iniciativa, contra 104 enviados pelo Executivo. Em compensação, ratificou 82 medidas provisórias baixadas pelo Planalto.

Pena para todo lado
Dezenove prefeitos tucanos do Rio Grande do Norte abriram dissidência contra o senador Geraldo Mello, que rompeu aliança com o peemedebista Garibaldi Alves. Dizem que ficarão com o governador na eleição de 98.

Para inglês ver
Ironia de um líder governista, sobre a relação de 18 projetos incluídos na pauta da convocação extraordinária da Câmara: "Isso serve apenas para os deputados terem o que fazer durante a discussão da Previdência".

Ação em família
O PPB quer saber do TSE se parentes de um governador que renuncie seis meses antes da eleição podem se candidatar. E se, assim mesmo, o governador pode disputar a reeleição.

Apostando na confusão
Milton Temer (PT-RJ), que defendeu a antecipação da escolha do candidato do PT a presidente, quer o contrário nas eleições estaduais. "Vamos deixar os partidos da base do governo se destroçarem entre eles antes", diz.

A hora da estrela
Marta e Eduardo Suplicy foram às compras num shopping em São Paulo, sábado. Cotada para disputar o governo paulista, a deputada deu sinais de que quer brilhar: foi vista escolhendo jóias numa famosa joalheria.

Ver para crer
Balanço de Gustavo Krause (Meio Ambiente): para 98, já estão assegurados ou bem encaminhados US$ 1,4 bi de empréstimos internacionais para seis programas ambientais. É mais do que o ministério costuma ter no Orçamento a cada ano.

Dádiva eleitoral
O governo da Paraíba está esperando conseguir cerca de R$ 1 bi com a privatização da elétrica Saelpa, prevista para o começo de 98. O valor é maior do que o Orçamento anual do Estado, de aproximadamente R$ 950 mi.

Decifra-me
Sarney (PMDB) deve fazer em breve uma mea-culpa por ter privatizado estatais. Auxiliares seus dizem que é para se cacifar à Presidência. Descrentes, porém, falam que serve apenas para valorizar seu apoio junto a FHC.

Detalhe esquecido
Michel está inclinado a mandar reinstalar a sessão da CCJ da Câmara que aprovou a admissibilidade da reforma previdenciária. Havia sessão do Congresso no mesmo horário, o que é proibido pelo regimento.

Interesse oculto
No governo da Paraíba há quem ache que a insistência de Ronaldo Cunha Lima (PMDB) em menosprezar o apoio do PFL à reeleição de José Maranhão tem um alvo: deixar o governador refém de seu grupo político.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP), sobre a convocação extraordinária do Congresso:
- O povo vai gastar mais de R$ 30 milhões para o Congresso lhe tirar direitos previdenciários, que é o único objetivo da convocação extraordinária.

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