São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Programa já profissionalizou 30 mil jovens

DA REPORTAGEM LOCAL

O apoio a projetos educacionais e de formação profissional desenvolvidos em parceria com entidades de assistência social é a principal forma de atuação do Instituto C&A de Desenvolvimento Social.
Fundado em 1991, ele está presente em todas as cidades do Brasil onde existem lojas da rede C&A. Desde então, a entidade já encabeçou 120 projetos, que resultaram no atendimento de cerca de 30 mil crianças e adolescentes.
"Não fazemos doações. Queremos atuar em reciprocidade com a comunidade. Por isso, definimos junto com as entidades como desenvolver os projetos", diz Antonio Carlos Martinelli, diretor-presidente do instituto.
Em 98, serão destinados R$ 4,5 milhões a diversos tipos de programas -de formação de profissionais que atuam em entidades sociais à familiarização de alunos com a informática (leia texto nesta página).
Um dos trabalhos que exemplifica a linha de atuação do Instituto C&A é o feito pelo centro de profissionalização do Centro Social Brooklin Paulista, em São Paulo.
Durante um ano, jovens de 14 a 17 anos aprendem técnicas profissionais e recebem formação geral. "Todos têm de cumprir um currículo básico. O objetivo é formar um cidadão completo", diz Waldir Cavallo, presidente do centro.
Este currículo inclui aulas de matemática, português, postura profissional, higiene e sexualidade.
"A intenção é formar profissionais autônomos, que sejam capazes de montar o seu próprio negócio, e não apenas de executar um trabalho", diz Maria Catarina Oliveira Machado, uma das coordenadoras das oficinas. Ela defende a educação pelo trabalho e não a educação para o trabalho.
Por isso, o construtivismo -filosofia de ensino que baseia a educação nos conhecimentos prévios que uma pessoa possui- é a linha que prevalece entre os projetos apoiados pelo instituto.
Isso vale tanto para os adolescentes e crianças quanto para os profissionais formados pelo instituto para atuarem nas entidades. A cada ano, são formadas 200 pessoas.
"Isso é importante porque a própria visão da função da entidade muda. Passamos de um entendimento assistencial para uma visão institucional, social", diz Maryulda Santos, diretora da Cooper Apic, que reúne 84 entidades apoiadas pelo instituto.

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