São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997 |
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População do interior já sofre com poluição
WAGNER OLIVEIRA
Pesquisa da Cetesb realizada em 96 mostra que elevados índices de dióxido de enxofre e fumaça podem estar causando problemas respiratórios na população de Sorocaba, Paulínia e Ribeirão Preto. Nessas cidades, a Cetesb encontrou índices anuais acima dos toleráveis -acima de 50 microgramas de poluente por metro cúbico. Em outras cidades, como Araraquara, Araras, Itu, Franca, Jundiaí, Limeira, Santos e Taubaté, os níveis de poluição são baixos, mas podem se agravar em função do crescimento da frota de veículos. A Cetesb tem estudos para implantar estações permanentes para fazer o monitoramento da qualidade do ar em cidades do interior. Atualmente, só a região metropolitana de São Paulo e Cubatão têm estações fixas. "Algumas cidades do interior já têm índices altos de poluição do ar e existe a preocupação da Cetesb em monitorar e ajudar a controlar a emissão de poluentes", afirma o gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, Jesuíno Romano. Segundo Romano, a poluição interiorana é causada pela fumaça emitida pelos veículos, pela queima de cana-de-açúcar e pela atividade industrial. "Com a medição do ar, o Estado pode se organizar e saber quais regiões vão poder crescer mais sem afetar o ambiente", afirma. Em Bauru, teste feito pelo Instituto Vidágua, uma organização não-governamental, identificou os carros como principais causadores de poluição. Usando método desenvolvido pela Legambiente, instituição ecológica italiana, os integrantes da Vidágua distribuíram à população 450 tecidos em formato de bandeira que foram afixados do lado de fora de casas, indústrias e prédios em diversas áreas da cidade. Se o ar está "sujo", existem partículas em suspensão que ficam retidas ao passarem pelo tecido. As bandeiras afixadas nas avenidas do centro de Bauru, onde há grande concentração de veículos, alcançaram o quarto tom de cinza da escala de poluição, indicando grande quantidade de partículas em suspensão. Texto Anterior: Para empresas, licitar não resolve Próximo Texto: Teste foi tema de piada Índice |
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