São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997 |
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Menem quer vender menos a brasileiros País busca menor dependência LÉO GERCHMANN
Atualmente, 30% das exportações argentinas têm como destino o mercado brasileiro, situação que é denominada na argentina como "brasildependência". O crédito, que terá como destino produtos não destinados ao Brasil ou ao Mercosul, será realizado por meio de uma injeção de US$ 500 milhões. A medida é tida pelos analistas econômicos como a primeira tomada pelo governo para enfrentar os desajustes das contas externas argentinas. É, também, mais um sinal de força que o governo argentino tenta dar aos investidores internacionais e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) em meio a uma persistente crise nas Bolsas de Valores de todo o mundo. O financiamento, que será efetuado pelo Banco de Investimento e Comércio Exterior, terá prazo de oito anos para exportações de manufatura de origem agropecuária e industrial. As duas condições para que os empréstimos sejam contraídos são que as exportações sejam de até US$ 10 milhões e que não tenham como destinatários os países integrantes do Mercosul. Real O vice-ministro de Economia da Argentina, Carlos Rodríguez, já havia anunciado que o país tem um plano para reagir a uma eventual desvalorização do real. A UIA estima que nos próximos meses o real será desvalorizado em 15%. Com isso, segundo a entidade, as exportações argentinas se tornariam 7,6% mais caras. O presidente da UIA, Claudio Sebastiani, vai pedir, durante o jantar, medidas para que a indústria argentina consiga enfrentar a crise econômica mundial e a definição da flexibilização trabalhista. A resposta do presidente, que é "convidado de honra" para o evento, será o fomento às exportações. Texto Anterior: Investimento externo deve dobrar em 2 anos Próximo Texto: O tapete e a malandragem Índice |
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