São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Falta de ousadia dos times leva decisão para o empate

DA REPORTAGEM LOCAL

Cautela. Essa palavra resume a final de ontem, novo empate de 0 a 0, que deu o título brasileiro ao Vasco. Os times se respeitaram demais e arriscaram pouco, temendo levar o gol no contra-ataque, principal arma de ambos.
Como o empate bastava, o Vasco foi o campeão.
"Quando precisávamos de gol, fomos o ataque mais positivo do campeonato. Hoje (ontem), não precisávamos marcar nenhum. Só dependíamos do empate", justificou o atacante Edmundo.
O Palmeiras, fiel ao estilo de se fechar na defesa e explorar contra-ataques, só ousou na segunda metade do segundo tempo, com substituições que abriram o time.
"Foram seis meses jogando da mesma forma, com os volantes fazendo a cobertura dos laterais e liberando mais o Alex. Seria arriscado mudar agora", disse o técnico Luiz Felipe Scolari.
O jogo ficou concentrado no meio-campo. O número de desarmes das duas equipes foi baixo. Cerca de 30% menor que a média do campeonato.
O público -89.900 pagantes, recorde do torneio- só soltou o grito de campeão quando restavam cinco minutos para o fim.
O Palmeiras marcou bem desde o início, mas não tinha força e criatividade para chegar ao gol.
A partir dos 25min, os laterais Pimentel e Júnior e até o zagueiro Roque Júnior foram se soltando, aumentando as opções do time e também os espaços para os ataques vascaínos.
Na melhor jogada da primeira etapa, Edmundo, que foi marcado implacavelmente, acertou o travessão de Velloso, numa cobrança de falta, aos 38min.
"Está um jogo muito truncado. As equipes não estão arriscando nada", resumiu o zagueiro palmeirense Cléber, no intervalo.
O Palmeiras voltou bem posicionado e um pouco mais ousado para o segundo tempo. Logo aos 19s, Alex exigiu boa defesa de Carlos Germano.
Em seguida, o time pediu pênalti de Mauro Galvão, que tocou com a mão na bola na área vascaína.
O goleiro do Vasco precisou se esforçar também para defender um chute de Galeano, aos 7min.
No lance seguinte, foi a vez de o Vasco pedir pênalti de Pimentel em Ramon.
Aos 14min, Edmundo perdeu a melhor chance do jogo, após uma saída de bola errada de Cléber.
Ele chutou nos pés do atacante vascaíno, que, com Velloso batido, bateu fraco, permitindo que o mesmo Cléber salvasse.
Mas o Palmeiras continuou melhor. Germano fez duas defesas, em chutes de Júnior e Marquinhos.
Germano seguiu sendo o personagem da partida. Na última grande chance do Palmeiras, aos 43min, o goleiro salvou o gol ao defender cabeçada de Oséas.

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