São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Caminhos da cidade levam até o Römer

Frankfurt festeja com quermesse

SILVIO CIOFFI
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

Em Frankfurt, todos os caminhos turísticos levam ao Römer, ou Römerberg -colina (berg) dos romanos (römer)-, bairro medieval que se transforma numa iluminada quermesse entre o final de novembro e a véspera do Natal.
A feira, a mais singela da metrópole alemã das feiras comerciais, acontece em torno de uma árvore de Natal de 30 m repleta de luzes, transformando ainda as ruas vizinhas à praça, que data de 794.
Por um punhado de marcos alemães, dá para comprar de comidas típicas natalinas a objetos artesanais e, de quebra, explorar a beleza da praça e do bairro, símbolos ancestrais dessa cidade debruçada sobre o rio Meno que, em nossos dias, tem 680 mil habitantes, mais de 40 museus e 20 teatros.
No século 11, mercadores vinham de toda a Europa para negociar no Römer. Hoje, 2 milhões de turistas estrangeiros desfrutam anualmente de Frankfurt, visitando a velha praça -o Brasil recebe menos turistas em seu território.
Capital secreta
Chamada de "capital secreta da Alemanha" pelo seu cidadão mais ilustre, o escritor Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), cuja casa fica nos arredores do Römer (leia texto na pág. 7-14), Frankfurt foi uma cidade de grande importância política.
Em 1152, a aristocracia escolheu o local para a reunião que sagraria rei Frederico Barbarossa, iniciando um ritual que se repetiu até o final do Sacro Império Romano-Germânico, em 1806.
Já em 1405, o Rõmer hospedava a prefeitura. Mas foi nos séculos 17 e 18 que Frankfurt experimentou grande progresso: ao tempo de Goethe, também viveu Mayer Rothschild, primeiro da dinastia de financistas.
Hoje, depois das destruições da Segunda Guerra (1939-45), a cidade contextualiza o lado histórico a um skyline moderno, recortado pelas torres do mundo financeiro.

LEIA MAIS sobre Frankfurt nas págs. 7-12 e 7-14

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