São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Salto alto; Morde e assopra; Dividir o inimigo; Cada vez mais distante; Futuro aberto; Última tentativa; Vivendo de esperança; Para inglês ver; Rumo ao paraíso; Missão partidária; Tiro de misericórdia; Pegadinha católica; Tristes trópicos; UTI eleitoral; Derrota anunciada; Bolsa de apostas

Salto alto
A estratégia do Planalto é enfraquecer Maluf, mas não a ponto de inviabilizar sua candidatura presidencial. FHC acha que o pepebista será um adversário com discurso previsível e imagem muito regional (paulista).

Morde e assopra
A depender da vontade de Serjão e de Dornelles, Maluf seria esmagado. Mas FHC já emitiu sinais de que gostaria de tentar recompor parte da boa relação que tinha com o ex-prefeito. Maluf não quer saber de conversa.

Dividir o inimigo
Na avaliação de caciques tucanos, se Itamar for candidato a presidente, é bom que Maluf também concorra. Para dividir a oposição. Acham no mínimo desconfortável Itamar também discursar como o pai do Real.

Cada vez mais distante
Maluf já começa a falar que pode concorrer a presidente em 2002. Raciocina que iria para o 2º turno com FHC em 98 e que, não custa sonhar, seria a opção para o pleito presidencial seguinte.

Futuro aberto
Um político próximo a Maluf diz que hoje ele não tem opção: deve se comportar como candidato presidencial. Se admitisse agora disputar o governo paulista em 98, desmobilizaria quem o apoiou na batalha da reeleição.

Última tentativa
PC do B e PT ainda querem o bloco de esquerda na Câmara. Aldo Rebelo (PC do B) fala com Brizola (PDT). Haroldo Lima (PC do B), com Arraes (PSB). Lula e Zé Dirceu, com os dois.

Vivendo de esperança
Os defensores do bloco de esquerda têm dois novos argumentos: a reeleição isolou ainda mais a oposição, e, com as defecções esperadas no PMDB e PPB, o bloco poderia ser a 3ª bancada.

Para inglês ver
Na direção do PFL, há quem duvide do projeto de Cesar Maia de fazer o partido ter candidatos próprios aos governos no Sudeste. "O partido fica com quem tem chance. Em São Paulo, Covas ou Maluf", diz um cacique.

Rumo ao paraíso
Deputados que trabalharam a favor da reeleição foram avisados de que a recompensa pode demorar, mas será generosa. Depois de a emenda passar no Senado, começam as mudanças no 1º e 2º escalões do ministério.

Missão partidária
Em reunião no próximo domingo, o PT quer reabilitar o ex-secretário-geral Cândido Vaccarezza -que foi funcionário fantasma de um vereador malufista. Mas não sabe como.

Tiro de misericórdia
O governo de Alagoas nomeou uma comissão para reavaliar o crédito fiscal dos usineiros com o Estado, que há mais de seis meses não paga o funcionalismo. Pelos cálculos iniciais, a conta pode passar dos R$ 400 milhões.

Pegadinha católica
Dizem em Brasília que o papa João Paulo 2º não resistirá e perguntará a FHC, no encontro que devem ter no Carnaval: "O sr. acredita em Deus?". Na eleição de 85, a resposta rendeu a FHC a pecha de ateu. E ele perdeu.

Tristes trópicos
Na relação de votos com que ACM conta para vencer a eleição do Senado, há pelo menos dois do PMDB. Seguros. Na lista dos prováveis, a traição peemedebista poderia chegar a quatro.

UTI eleitoral
Para ter chances de ganhar a eleição para a presidência do Senado, Iris Rezende precisa de quatro votos de Sarney: o dele próprio e de três de seus aliados no Maranhão e no Amapá. É uma aposta de altíssimo risco.

Derrota anunciada
De um entendido em PMDB, de longa convivência com Sarney: "O Iris (Rezende, candidato do partido à presidência do Senado) joga confiando em pessoas que ele não conhece".

Bolsa de apostas
Depois de o partido dar 44 votos à reeleição, no PPB, a candidatura de Mário Cavallazzi (SC) à liderança na Câmara é dada como favorita. Cavallazzi é o candidato do ministro Dornelles, pró-FHC, e do senador Amin.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De José Genoino (PT), sobre FHC fazer campanha pela eleição de Michel Temer (PMDB) para a presidência da Câmara:
- Depois do rolo compressor na votação da reeleição, o governo perdeu completamente a cerimônia. Agora, quer nomear toda a Mesa da Câmara.

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