São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Produtos geram nova discussão

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

Depois dos problemas no setor automotor, petroleiro e financeiro, chegou a vez dos alimentos industrializados gerarem polêmica entre Brasil e Argentina, os dois maiores sócios do Mercosul.
O problema surgiu com a publicação, no Diário Oficial de 14 de janeiro, da portaria número 9 do Ministério da Saúde, que condicionou a entrada de todos os produtos alimentícios no Brasil ao recebimento de uma permissão sanitária do Ministério da Saúde.
A medida deveria entrar em vigor 60 dias a partir da data de publicação, ou seja, em meados do mês de março.
Segundo os acordos do Mercosul e as regras da Organização Mundial de Comércio, a supervisão sanitária dos produtos alimentícios deve ser feita pelo país vendedor.
Em um primeiro momento, a pressão argentina fez com que o governo brasileiro prolongasse para 180 dias o prazo para a aplicação da portaria. O anúncio foi feito depois da reunião entre o ministro da Saúde brasileiro, Carlos Albuquerque, e o embaixador argentino no Brasil, Diego Guelar.
Os argentinos, porém, esperavam a revogação da portaria. "Depois de intensas negociações está próximo o anúncio da anulação da portaria número 9", disse o vice-chanceler argentino, Andrés Cisneros na terça-feira.
A revogação da medida foi finalmente assinada na quarta-feira passada.
(RB)

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