São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Carnaval faz as empresas faturarem

Sambódromo tem vendas

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

As duas noites de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio deverão movimentar pelo menos R$ 15 milhões.
Só a venda dos ingressos vai gerar uma receita de R$ 14 milhões, segundo estimativa da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba). Se todos os 160 mil ingressos (80 mil por noite) forem vendidos, o que não deve ocorrer, a arrecadação atingirá R$ 22 milhões.
Além dessa receita, as 16 escolas do Grupo Especial receberão, em conjunto, R$ 2,4 milhões das redes Globo e Manchete, que transmitirão os desfiles.
Muitos outros negócios também agitarão o Sambódromo. A rede de lanchonetes Bob's conseguiu a exclusividade para a venda de alimentos no evento e terá 53 pontos de comercialização na passarela.
O Bob's não divulgou quanto pretende faturar no Sambódromo. A meta é vender 10% a mais que em 96, quando a rede teve 42 pontos de venda no local.
A empresa espera vender 140 mil sanduíches, 6 toneladas de batata frita, 150 mil latas de refrigerante e 200 mil de cerveja.
A Kodak também estará presente, por meio da revendedora Riocolor. Haverá um laboratório para revelação em uma hora, duas lojas, quatro quiosques e 40 promotores circulando pelo Sambódromo. Os foliões poderão comprar, por R$ 15, máquinas fotográficas de uso único. Haverá mil dessas câmeras à venda.
Quando o filme terminar, o usuário poderá mandar revelar as fotos no laboratório, ao preço aproximado de R$ 0,60 por cópia -o valor ainda não está definido. A câmera tem que ser devolvida.
Hotéis
A rede hoteleira da zona sul do Rio (de Copacabana à Barra da Tijuca) deve alcançar 100% de ocupação durante o Carnaval, segundo a seção Rio da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis). Essa região concentra cerca de 14 mil dos 22 mil apartamentos existentes nos hotéis da cidade.
Segundo o presidente da Abih-RJ, Álvaro Bezerra de Mello, as diárias dos pacotes de cinco dias para o Carnaval variam de R$ 150 a R$ 300.
Fantasias
Os comerciantes de fantasias da Saara (Sociedade dos Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega), que reúne as lojas populares do centro do Rio, estão pessimistas para este Carnaval.
A Loja Turuna -a mais tradicional desse tipo de comércio na cidade- deve faturar 30% menos que em 96, segundo o gerente, Gustavo Machado.
"Quando o Carnaval acontece muito cedo, como neste ano, as pessoas ainda estão pagando as compras de Natal", diz ele.
Machado afirma que a venda de fantasias carnavalescas vem caindo com o passar dos anos. "Atualmente, o Halloween, no final de outubro, é quase equivalente ao Carnaval em termos de vendas."

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