São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Preço baixo atrai cooperados

DA REVISTA DA FOLHA

As cooperativas habitacionais estão atraindo compradores por um lado bastante sensível, o bolso. Muitos deles optaram pelo sistema depois de procurar durante meses por um imóvel "tradicional".
A analista de sistemas Cecília Ferreira Maia, 31, por exemplo, chegou a fechar um pré-contrato de compra de imóvel. Desistiu depois de analisar as condições de pagamento com mais calma. "Eram leoninas", diz.
Em seguida, entrou para a cooperativa Procasa. O apartamento vai ser construído no bairro do Limão (zona norte de São Paulo), terá três dormitórios (uma suíte) e 70 m2 de área útil. O preço total do imóvel fica em torno de R$ 51 mil. Cecília deve quitá-lo em sete anos. Hoje, a mensalidade é de R$ 395.
No mesmo empreendimento, seu irmão Pedro Paulo Ferreira, 27, administrador de empresas, também é cooperado. Ambos são casados, sem filhos e moram na casa dos pais (com os respectivos parceiros). A renda mensal de cada casal fica em torno de R$ 2.500.
Os dois entraram para a cooperativa na mesma semana, mas só ficaram sabendo que seriam vizinhos em casa. Nenhum chegou a avisar o outro do fechamento do negócio.
Os dois ficaram sabendo do sistema por causa da faixa estendida no local da construção.
Amigos
O assessor de comunicação Rogério Siqueira, 31, entrou para uma cooperativa em Guarulhos (Grande São Paulo) depois de procurar um imóvel "sem muito compromisso" por dois anos.
"Na cooperativa, a prestação mensal é bem inferior às outras do mercado", diz ele. Siqueira é solteiro e mora com os pais no Tucuruvi (zona norte). Sua renda mensal é de aproximadamente R$ 2.500. "Comprei pensando em casar", diz.
Ele vai pagar 66 prestações de R$ 390 e 11 de R$ 850, além de outras complementares. O preço total do imóvel é de R$ 60 mil.
Um dos problemas citados pelos cooperados é a falta de uma data exata para entrega do imóvel. É que o sistema entrega os imóveis por meio de sorteio, na medida em que os edifícios de um empreendimento vão ficando prontos.
Geralmente, uma cooperativa reúne cerca de 200 pessoas. Cada prédio concluído tem 50% de suas unidades sorteadas entre aqueles que adiantaram mais prestações. Os outros 50% têm sorteio livre.

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