São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Acrobata tem 'superpomada'

DAVI MOLINARI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem tem coragem de quebrar uma garrafa com o pé descalço? Ou pular dentro de um arco de facas? Ou, ainda, oferecer revelações celestiais?
Artistas circenses, acrobatas e mágicos itinerantes entretêm o povo com um verdadeiro "topa tudo por dinheiro" no centro.
Veraldo Manoel da Silva, 38, de Salvador (BA), ganha a vida há 15 anos com um espetáculo que repete todo sábado de manhã em frente ao Banespa do viaduto do Chá.
Seus instrumentos de trabalho são um chicote, uma garrafa com um fundo devidamente retirado e uma réplica de mão ensanguentada, feita de silicone.
A certa altura, promete quebrar a garrafa com o pé. Da promessa à ação, vai-se uma hora. Com piadas de mulher e distribuição de patuás, garante seus trocados.
O carioca Ricardo Lins de Mello, 25, é um acrobata. Seu número consiste em atravessar de um só pulo um aro de bicicleta com facas encravadas. Mas se consagra na arte de oferecer uma panacéia: a pomada do peixe elétrico da Amazônia. "Esse remédio feito por índios cura dor no peito, nas costas, na cabeça e até dor de dente", anuncia o carioca antes de pular.
Na Barão de Itapetininga, Paulo Alves Pereira, baiano, anuncia que tem o dom da adivinhação.
Distribui folhas em branco em que as pessoas escrevem o nome. Os papéis são colocados num tubo. Quando retirados, cada folha revela uma mensagem em forma de carimbo.
Um deles tem o desenho da dupla Beavis & Butt-head -sinal de traição dos amigos.
(DM)

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