São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Polícia identifica 15 em vídeo de trote
DA FOLHA VALE A polícia começa a intimar hoje 15 alunos identificados no vídeo gravado durante o trote da escola Alfredo José Balbi, em Taubaté.Na fita, alunos seguram tesouras e garrafas de refrigerantes descartáveis contendo um líquido não identificado. A suspeita da polícia é que o líquido foi o responsável pelas queimaduras no estudante Felipe Barbieri, 15, ferido durante o trote, após receber um jato do produto em suas costas. Segundo a delegada Margarida Brasiliana Monteiro, 36, os depoimentos dos alunos começam na próxima segunda-feira. Identificação Os estudantes foram identificados pelo diretor da escola Pedro Carlos Lourenço Garcia, 39. O diretor participa do trabalho de análise da fita, que deve ser concluído esta semana. Lourenço afirmou que até o final da semana outros nomes devem ser encaminhados à polícia. A identificação desses alunos também deve ser enviada ao reitor da Unitau (Universidade de Taubaté), Nivaldo Zollner. A escola Alfredo José Balbi é mantida pela universidade. Ontem, a delegada começou a ouvir depoimentos dos funcionários da escola. O primeiro a ser interrogado foi o chefe de segurança da Unitau, Wilson Branco da Cunha, 37, que gravou as imagens do trote. Segundo a delegada, a partir do depoimento dos empregados da escola e dos estudantes identificados na fita, a polícia provavelmente chegará ao autor do crime. "Os alunos estavam juntos e se conhecem. Com certeza alguém saberá dizer quem estava com esse produto", disse a delegada. Convocados Os três alunos detidos durante o trote com tesouras e aparelho de barbear também serão convocados na próxima semana para prestar novos depoimentos. Eles ainda não foram reintegrados às aulas. Esta semana os alunos serão convocados junto com os pais pelo reitor da universidade. Segundo a escola, os alunos R.E.F, 17, A.M.A, 16, e D.M.A.S, 15, sofreram advertência. Laudo O resultado da análise do líquido que provocou as queimaduras no corpo do estudante deve ser divulgado em duas semanas. O estado de saúde do estudante ainda é delicado. A diretora clínica do Hospital Escola da Unitau, Magda Xagoraris Telles Nunes, 36, disse que Barbieri corre risco de infecção. Ela disse que os cirurgiões plásticos podem solicitar pele aos bancos de doações para fazer a reconstituição de partes do corpo do estudante (leia texto abaixo). Texto Anterior: Alunos da USP doam sangue e recebem camisinhas no trote Próximo Texto: Aluno ferido pode receber enxerto de pele Índice |
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