São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997
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Brasil e EUA jogam com ventiladores

DA REPORTAGEM LOCAL

As equipes do Brasil e EUA iniciam hoje o confronto válido pelo Grupo Mundial da Copa Davis acompanhadas por ventiladores.
A informação foi dada ontem pelo presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelsón Nastas.
A disputa, definida em melhor de cinco jogos, vai até domingo na arena montada no Tennis Country Club, em Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo).
A temperatura média na cidade tem sido de 33 graus Celsius. Dentro da quadra pode atingir 50.
"Tivemos uma reunião com os representantes da ITF (Federação Internacional de Tênis) e da Federação dos EUA e acertamos a instalação do equipamento."
Serão instalados, ao lado do banco de cada equipe, dois ventiladores que borrifam uma névoa de água no ambiente. A princípio, eles ficariam nos vestiários.
O equipamento, que foi utilizado na Olimpíada de Atlanta-96, porém, será acionado apenas durante os intervalos das partidas.
Segundo a empresa responsável pela importação, os ventiladores diminuem a sensação térmica entre 6 e 11 graus Celsius.
O aluguel de cada um deles custa R$ 450,00 por dia. O custo está sendo arcado pela organização.
Teste de resistência
A instalação dos ventiladores, ainda que apenas nos intervalos, acaba se tornando um contradição dentro do planejamento previsto para que o Brasil avance na Davis.
O clima quente e úmido de Ribeirão Preto foi o fator determinante para a escolha da cidade como sede do confronto.
O técnico brasileiro, Paulo Cleto, bem como os atletas, pretendem transformar as partidas contra os EUA em "maratonas".
Essa seria uma forma de minimizar a diferença técnica entre os jogadores das duas equipes.
Gustavo Kuerten, principal tenista brasileiro está em 85º no ranking mundial, enquanto Jim Courier, ex-número um, hoje é o 22º colocado do mundo.
"Você não pode querer matar o cara. Falar em jogo longo não significa dizer que jogador não terá um pouco de refresco", diz Nelson Nastás, presidente da CBT.
Jim Courier está acostumado a jogos longos. No último Aberto da Austrália, onde caiu nas oitavas-de-final, ele disputou duas partidas de cinco sets.
A própria equipe brasileira reconhece que os norte-americanos têm muita resistência física.
"Eles são fortes e parecem muito bem preparados", diz Fernando Meligeni.
O sorteio
Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni foram definidos pelo técnico e capitão Paulo Cleto como tenistas número um e dois do Brasil, respectivamente.
Os norte-americanos estão definidos com Jim Courier e MaliVai Washington, como primeiro e segundo jogadores.
Ontem, depois do sorteio que definiu a ordem dos partidas (leia a ordem do jogos abaixo), o Brasil fez seu último treino.
Cleto definiu a dupla brasileira para participar do confronto com Kuerten e Oncins.
O regulamento da Davis permite que ocorra mudança na dupla até uma hora antes do jogo.

Colaborou a Folha Ribeirão

NA TV - Globosat/Sportv, às 10h30

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