São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997
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Federação elege o pagode como a música do Paulista

ALEXANDRE GIMENEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

"Macarena" e "YMCA"', hits nos estádios dos EUA durante a Olimpíada de Atlanta-96, estão fora do Campeonato Paulista. O ritmo oficial da competição, que começa amanhã, é o pagode.
Durante a primeira fase do campeonato, serão realizados 24 shows antes das partidas. Desse total, 18 serão de grupos de pagode.
O grupo Katinguelê vai fazer os dois primeiros concertos. Amanhã, será a atração antes do jogo entre São José e Palmeiras, em São José dos Campos. No domingo, o show é antes de Portuguesa Santista e São Paulo, em Santos.
Também no domingo, brigando contra a "onda do pagode", a dupla sertaneja Gian & Giovani se apresenta antes de Internacional e Corinthians, em Limeira (confira os demais shows da primeira fase do Paulista no quadro abaixo).
Segundo Eduardo José Farah, presidente da Federação Paulista de Futebol, a escolha das atrações e das datas não foi aleatória.
"Procuramos contratar os grupos mais populares, que mais aparecem nos programas de TV e que tocam mais nas rádios."
Farah disse que o investimento da Federação nos espetáculos gira em torno de R$ 800 mil.
"O torcedor vai ter um show inteiramente grátis, pois os preços dos ingressos não foram aumentados em relação ao Campeonato Brasileiro", disse Farah.
Os concertos vão começar cerca de uma hora antes das partidas. Segundo a assessoria de imprensa da federação, os palcos serão montados nas laterais dos campos, para não atrasar os jogos.
O torcedor que for ao estádio, porém, não vai assistir o mesmo show que é apresentado em casas noturnas ou ginásios fechados.
Por causa das condições técnicas, as apresentações vão usar o play-back. O recurso consiste em utilizar uma gravação prévia das músicas.
Em alguns casos, só a parte musical estará pré-gravada, obrigando o vocalista a cantar.
Também existe a possibilidade de os conjuntos apenas dublarem as músicas. A decisão será tomada pelas próprias bandas.
"Não sei se as condições técnicas serão suficientes. A nossa apresentação vai servir como um teste para todo o projeto", disse Sidnei Gallego, 46, empresário do grupo Katinguelê.
Gallego disse que a forma das apresentações, com play-back, acaba barateando os shows.
"Se tivéssemos que usar músicos, o cachê seria maior", disse o empresário, que não revelou o valor cobrado pelos shows.

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