São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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Carro do cantor bateu em outro, diz perito
VANDECK SANTIAGO
A informação foi dada ontem à Agência Folha pelo engenheiro químico Assis Clemente, chefe da divisão de peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Recife, que faz a perícia no carro do artista. "O que a gente não sabe ainda é se ele bateu em outro carro, ou se foi o outro carro que bateu no dele", disse Clemente. A constatação foi possível com base em vestígios de tinta de cor azul encontrados na traseira do carro que o artista estava dirigindo, um Fiat Uno branco. Os exames mostraram que a tinta azul é de outro veículo. Não se sabe ainda, porém, de que tipo ou marca de veículo. Os peritos descartaram a hipótese de que a tinta azulada tivesse surgido em decorrência de um choque do carro com uma grade verde, próxima ao poste. "Fizemos exames químicos e ficou constatada a impossibilidade dessa hipótese ter ocorrido", disse Clemente. O exame descartou também a possibilidade de os vestígios de tinta azul já estarem no carro antes do acidente. A perícia também constatou que no momento do acidente Chico Science estava dirigindo a uma velocidade superior a 110 km/h. "Nessa velocidade até uma ventania forte pode fazer com que o carro saia do controle", disse Clemente. O cinto de segurança que o cantor usava partiu-se com o choque, mas isso não causou a morte dele, segundo o diretor do IC, perito Joseíldo de Souza. "A capota do carro amassou com o choque e causou o traumatismo craniano que o matou", disse Souza. Mesmo que o cinto não tivesse arrebentado, o choque seria suficiente para causar a morte do cantor, disse Souza. O laudo final do IC deve na semana seguinte ao Carnaval, segundo Clemente. Texto Anterior: Tensão nervosa causou infarto, diz médico Próximo Texto: Bogart e Hemingway disputam martini Índice |
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